Little flower.
Meu pai encontrou uma caixa com uns documentos e registros antigos meus. Um deles é de uma professora minha falando sobre o meu desenvolvimento do mês, ou talvez do bimestre. É de 1998 e em algum momento a tal disse que ficou muito impressionada porque certo dia, enquanto ela me ajudava a fazer xixi, eu pedi a ela me passar o papel higiênico pra que eu limpasse a minha vulva. Ela achou notável que eu soubesse a palavra "vulva" e a dissesse, ao invés de chamar minha genitália de algum termo ridículo com "x" ou "p".
Lá pelos meus oito anos eu encontrei um livro perdido na biblioteca da escola, cheio de liçõezinhas sobre anatomia e sobre sexo. Enquanto eu subia a escada pra ir pra aula, uma colega minha viu o livro, começou a gritar e chamou a diretora, que prontamente apareceu, arrancou o livro das minhas mãos, deu algum piti moralista e disse que ia relatar o acontecido à minha mãe (provavelmente ela lembrou como minha mãe era, uns cinco minutos depois, e nunca fez isso).
Alguns anos depois nós tivemos a fatídica aula sobre reprodução em Ciências e as minhas colegas se amontoaram atrás de mim, me passando bilhetinhos e sussurrando as perguntas que queriam que eu falasse em voz alta pra professora, pois elas não tinham coragem de perguntar, por exemplo, o que era o clitóris.
Na mesma época eu visitei uma amiga da escola (mais velha que eu) e fiz algum comentário sobre sexo e ela me deu um tapa na cara por medo que a mãe dela tivesse ouvido. Nós já devíamos estar no auge da pré-adolescência, quase terminando o fundamental, e ela nunca na vida havia conversado com a mãe sobre sexo.
Hoje em dia, imagino eu, todas essas minhas colegas, amigas, obviamente a diretora do colégio e a mãe da minha amiga temos algo em comum: todas nós transamos. Mas que vida sexual tem alguém que foi tão reprimida e desinformada durante a infância e a adolescência, que tinha medo de falar sobre aquilo com a mãe, que tinha vergonha de perguntar sobre hímen na aula de Ciências? Em que momento essas meninas - e aí eu nem falo apenas das que eu conheci, falo de todas as meninas que tiveram essa história - aprendem o necessário pra ter uma vida sexual saudável, se é que aprendem?
Lá pelos meus oito anos eu encontrei um livro perdido na biblioteca da escola, cheio de liçõezinhas sobre anatomia e sobre sexo. Enquanto eu subia a escada pra ir pra aula, uma colega minha viu o livro, começou a gritar e chamou a diretora, que prontamente apareceu, arrancou o livro das minhas mãos, deu algum piti moralista e disse que ia relatar o acontecido à minha mãe (provavelmente ela lembrou como minha mãe era, uns cinco minutos depois, e nunca fez isso).
Alguns anos depois nós tivemos a fatídica aula sobre reprodução em Ciências e as minhas colegas se amontoaram atrás de mim, me passando bilhetinhos e sussurrando as perguntas que queriam que eu falasse em voz alta pra professora, pois elas não tinham coragem de perguntar, por exemplo, o que era o clitóris.
Na mesma época eu visitei uma amiga da escola (mais velha que eu) e fiz algum comentário sobre sexo e ela me deu um tapa na cara por medo que a mãe dela tivesse ouvido. Nós já devíamos estar no auge da pré-adolescência, quase terminando o fundamental, e ela nunca na vida havia conversado com a mãe sobre sexo.
Hoje em dia, imagino eu, todas essas minhas colegas, amigas, obviamente a diretora do colégio e a mãe da minha amiga temos algo em comum: todas nós transamos. Mas que vida sexual tem alguém que foi tão reprimida e desinformada durante a infância e a adolescência, que tinha medo de falar sobre aquilo com a mãe, que tinha vergonha de perguntar sobre hímen na aula de Ciências? Em que momento essas meninas - e aí eu nem falo apenas das que eu conheci, falo de todas as meninas que tiveram essa história - aprendem o necessário pra ter uma vida sexual saudável, se é que aprendem?
Por eu ter entrado dois anos adiantada na escola, eu sempre convivi com meninas mais velhas e, apesar de ser bastante madura e informada, eu ainda me apoiava nelas pra ter indicações sobre coisas que me aconteceriam no futuro próximo. Com quinze anos eu estava pra terminar o ensino médio e imaginava que no ano seguinte eu já estaria na faculdade, e eu não conseguia imaginar que eu permaneceria virgem* por nem seis meses depois que eu virasse uma universitária. A minha melhor amiga da época já era sexualmente ativa há anos e até hoje eu não esqueço o que ela me disse sobre a primeira vez dela: "doeu como se fosse uma faca me rasgando ao meio". Exatamente essas palavras. E naquele momento eu senti que ela só podia estar sendo hiperbólica, mas não. A irmã dela me contou algo semelhante e disse que "é inevitável, vai doer e tu tens que aguentar porque depois de algumas vezes começa a ficar bom". Era a idéia que corria na família. Todas as mulheres da família devem ter passado por isso e repassado às gerações seguintes. É tudo cíclico.
Foi baseada nesse tipo de situação que eu fui atrás de me informar sobre o assunto e comecei a tentar informar outras garotas a respeito. Eu costumava ter a visão de que apenas pessoas especializadas no assunto - médicos, ginecologistas etc - poderiam dar esse tipo de sugestão, mas a verdade é que todas nós merecemos acesso a essas informações e todas nós podemos ir atrás dessas informações. Esse texto não é definitivo e nem é infalível, mas se ele puder ser uma base pra que alguém vá atrás de descobrir mais sobre o próprio corpo, já é suficiente pra mim. As perguntas a seguir foram compiladas a partir das dúvidas de quem me segue em redes sociais e as respostas são baseadas em experiência e em tudo que eu já li a respeito (eu recomendo principalmente a leitura de "Vaginas", da dra. Carol Livoti). Infelizmente, a maioria se volta primordialmente ao sexo hetero, porque infelizmente é pelo que a maioria dos pesquisadores que eu já conheci se interessa. Eu encontrei poucos textos que não fossem fetichistas ou vulgares a respeito de sexo lésbico, então à medida que eu for encontrando textos bons no meio desses péssimos, eu vou postando nos comentários. Sinta-se a vontade pra sugerir textos nos comentários, por favor!
1. É normal doer e sangrar na primeira vez? Se você considerar normal = comum, aí sim, é normal. Se você considerar normal como algo dentro da norma, do correto, então é completamente errado. A menos que você tenha um real problema físico - ou que teu parceiro tenha - em geral a única maneira de fazer o sexo doer é fazendo errado. Sexo é algo relativamente simples na teoria, mas daí à prática há muitos obstáculos. É bem fácil errar algo fácil. Sexo é literalmente uma das melhores coisas da vida: não deve doer em momento nenhum, nem na primeira e nem na última vez. Sangrar então nem pensar.
2. Tá, mas então por que a maioria das meninas sentem muita dor e sangram? Em geral, por falta de informação. Não só falta de informação biológica, científica ("onde fica meu clitóris?"), mas também informação simples sobre o próprio corpo: meninas que não se masturbam, que não se olham, que não se tocam, que não conhecem seus limites, seus gostos, que não deixam a imaginação sexual aflorar, que não têm desejos ou até fetiches. Ficar excitada olhando foto do Harry Styles não é o bastante pra saber do que você ou como você gosta. Vais colocar na mão do teu parceiro o direito, dever, autorização e responsabilidade de descobrir o que é que você gosta, o que é que te dá prazer. E adivinha? Em quase todos os casos, esse cara não vai estar nem aí pro que te deixa confortável e excitada. E talvez nem seja por pura babaquice dele, que só quer enfiar o pinto em algum buraco; às vezes é simplesmente porque vocês dois foram ensinados a não dar a mínima. Vocês dois aprenderam as mesmas regrinhas sociais: que toda menina vai sentir dor e sangrar, que a menina não vai ter como gozar na primeira vez, que a menina vai ficar nervosa, mas quem sabe lá pela terceira vez fique bom. Se vai ser assim, por que ele se daria ao trabalho de caprichar nas preliminares (ou ter preliminares at all), de ser gentil, paciente, de entender que aquilo ali não é o momento dele e sim o teu momento, um dos mais importantes da tua vida? A gente é ensinada - isso quando é ensinada - a simplesmente aturar, porque a dor vai rolar, inevitavelmente. E eu falo pra vocês, sem o menor pudor: isso é MENTIRA. E não é uma mentira inocente, não é uma mentira acidental. Essa mentira começou anos e anos, séculos atrás, quando a idéia de uma mulher sentir prazer no sexo era completamente abominável. O prazer sexual era reservado aos homens e às prostitutas, que eram quase uma categoria sub-humana. Uma mulher "decente" deveria apenas se deitar com seu marido e procriar. Mulheres casadas que sentiam prazer já foram consideradas bruxas, gente! É desse tempo medieval escroto que surgiram todos esses boatos de sangramento, de virgindade, pureza e o diabo a quatro. Nós ainda somos sexualmente medievais.
3. Ah, mas sangra porque rompe o hímen! Olha, eu sou uma agnóstica quando se trata de hímen. Já li muito sobre, já ouvi falar, mas nunca o vi nem o senti. Independente disso, se o hímen de fato existe em todas nós, ele não é o que a maioria pensa. Sério: fala-se do hímen como se ele fosse uma tampa de Tupperware da vagina. Não, gente. O hímen nada mais é do que uma pelezinha porosa, fina e praticamente destacável dentro da vagina. Serve pra que, na infância, a menina tenha menos exposição a infecções. É isso. É a serventia e função do hímen. Começa como uma pele grossinha e depois vai ficando mais e mais fina, pra permitir a saída das secreções e o sangue menstrual. Aí vai outro segredo que nunca te contam: quando você tá excitada, a vagina dilata (e também incha, porque a vagina é assim, complicada e perfeitinha) e você fica lubrificada o suficiente pra que o hímen não se rompa, e sim deslize e simplesmente "abra caminho". Sim, existem exceções, como eu falei anteriormente: raros casos de meninas que têm o hímen mais grosso, menos poroso, mas esses casos em geral são descobertos antes da primeira relação sexual porque elas não conseguem menstruar direito. Não soa irrelevante o hímen diante disso tudo? Tudo isso pra dizer: virgindade não existe. Virgindade é um conceito social criado a partir da brutalidade sexual que ocorre contra mulheres há seculos pra manter mulheres sob controle. Aquele pedacinho de "pele" serve pra proteger teu corpo na infância e não tem grande valor além desse. Lembra daquele virgem* do início do texto? Aqui está a explicação do *: ninguém é virgem. Pode-se, claro, usar o termo pra resumir e facilitar a descrição de uma pessoa que nunca transou; mas se você essa palavra carregando com ela o sentido de pureza e todos os mitos que a "virgindade" traz, você tá viajando. Virgindade não existe. Se teu problema é o hímen, pode ficar tranquila.
Imagina comigo: a menina nervosa e insegura, com anos de "vai doer muito!", "vai sangrar horrores!", "não vais sentir prazer nenhum!", "ele vai te foder e te largar!", "todo mundo vai te chamar de puta!", "tua mãe vai te matar!", "todo mundo vai saber que você transou pelo teu quadril!" e tantos outros mitos imbecis, resolve transar com o namoradinho. Os dois têm dezesseis anos e a maior experiência sexual da vida dele foi se masturbar depois de ter sentado na mão por quinze minutos pra deixá-la dormente. Ela não se masturba, nunca teve um orgasmo, não faz a menor idéia de como é a sua lubrificação natural e não sabe direito se o clitóris é aquela coisinha de cima ou a coisinha de baixo. Ambos têm na cabeça que vai doer, sangrar e vai ser basicamente uma tortura pra ela, mas bem legal pra ele, que depois de machucá-la e fazê-la sangrar vai poder convulsionar por onze segundos em cima dela e gozar. Eles decidem não usar camisinha porque ele diz que "não dá pra sentir nada" e ele promete que vai tirar antes de gozar. Nenhum dos dois sonham que um adolescente que se masturba duzentas vezes por dia e que goza de hora em hora pode ter espermatozóides ainda vivos na uretra e que, antes de gozar, ele produz um líquido lubrificante que pode perfeitamente levá-los para a vagina muito tempo antes da ejaculação e consequentemente engravidá-la. Ele enfia de qualquer jeito enquanto ela tá tensa, com os músculos do corpo inteiro contraídos, sem lubrificação alguma. Aquele objeto estranho bate e lesiona nas paredes da vagina que nunca foram penetradas e que só foram lubrificadas por acidente enquanto a menina cruzava as pernas de excitação durante um episódio de Gossip Girl, aquele em que a Blair e o Chuck transam pela primeira vez na limusine e ela imaginava como seria a primeira vez dela. Em dois minutos já acabou. Ele goza na barriga dela e acabou. Tem sangue nos lençóis, no gozo dele, no pênis dele. E pode crer, aquele sangramento não vai parar tão cedo, e muito menos a dor das lesões. Ela não sabe nada sobre cistite e no dia seguinte vai ter uma infecção urinária bruta, que ela vai ter que esconder dos pais porque eles não podem saber que ela transou. Três dias depois ela vai conseguir um tempinho com o namorado e eles vão transar de novo, e vai ser a mesma coisa, porque ela ainda está machucada e com medo e traumatizada. E aí trinta anos depois a filha dela pergunta pra ela sobre como foi a primeira vez dela e a descrição é de tortura. É tudo cíclico.
4. O corpo muda depois da primeira vez? Isso não é exatamente um erro, mas as pessoas erram no que é que muda depois do início da vida sexual. Teu quadril não vai aumentar. Teus peitos não vão aumentar. Teu jeito de andar não vai mudar, a menos que você esteja com tanta dor no dia seguinte por causa do sexo ou por causa da cistite que ande meio manca, mesmo. Não vais parar de crescer, pelo amor da deusa! Nenhum crescimento vai parar ou começar por causa do sexo. O que era pra crescer ou diminuir ou mudar aconteceria com ou sem sexo. Mas muita coisa vai mudar se você estiver transando direitinho. Começa que você finalmente vai se livrar desse peso de ser "virgem". Qualquer medo que você tinha vai sumir (espero), e você vai ter regularmente uma dose incrível de prazer, de relaxamento. Sexo ajuda o funcionamento cardíaco, diminui a pressão sanguínea, ajuda com problemas de insônia, ajuda teu sistema imunológico, ajuda a fortalecer os músculos da bexiga (ainda mais se você fizer um pouquinho de pompoarismo de vez em quando), é praticamente um paracetamol da natureza (isso vale pra masturbação também), é obviamente um exercício físico, diminui o stress do dia-a-dia, e gente!, em alguns casos até ajuda a TPM e as cólicas menstruais a serem mais levinhas. É um negócio mágico. Então sim, teu corpo vai mudar, tua vida vai mudar, mas se você fizer certo, vai ser só pra melhor, e não vai ser algo aparente a olho nu.
5. A vagina fica mais larga depois da primeira vez/depois de muito sexo? Por favor, joguem "parto normal" no Google. Olha o tamanho da cabeça daquela criança saindo daquela vagina. E ela volta ao normal depois do parto. Vocês acham mesmo que um pênis vai alargar aquilo que nem um bebê consegue? Não. A vagina fica com menos tônus à medida que o tempo passa, sim, porque o corpo inteiro perde tônus muscular, mas pode ser diminuído ou até evitado (pompoarismo, gente!), e definitivamente não é um problema que uma guria com 20 e poucos anos ou menos deveria ter em mente.
6. Dá pra engravidar na primeira vez? Tanto quanto na 748ª vez. É só juntar um espermatozóide com um óvulo e vai rolar um embriãozinho ali, desde a primeira vez.
7. Então já pode tomar anticoncepcional antes de começar a transar? Ô, se pode. O problema é como você vai tomar, né. Anticoncepcional pode ser muito benéfico ou muito, muito danoso. É preciso ir a um ginecologista pra que ele te indique o ideal pra ti. Ou seja: nada de tomar o que a irmã mais velha ou o que a prima ou o que a amiga do colégio toma, nada de tomar escondido, nada de tomar sem horário ou esquecendo de tomar o tempo todo.
8. Mas os meus pais não podem nem sonhar que eu transo! Então eu vou te falar a real: não transe. Se você não tem liberdade e nem segurança, não transe. Eu sei que você quer transar e que teus pais é que são os hipócritas relaxados (ou talvez nem sejam; muitas vezes a gente entra na onda de que todos os pais vão ser carrascos e no final era só dar uma chance a eles e conversar direitinho e eles acabam sendo superparceiros), mas se pra transar você vai ter que abrir mão dos cuidados com a tua saúde, acima de tudo, não transe. Espere mais um tempo, comece a conversar com eles desde cedo, mas a única coisa que eu tenho a dizer é: se não dá pra dar, então não dá, sabe?
9. Qual a idade certa pra transar? Essa pergunta não tem resposta certa ou exata, então eu não vou nem tentar argumentar pra fazer parecer que existe. Eu tenho como via de regra dezesseis anos. Você já pode votar com dezesseis, e se você já tem o poder de ajudar a foder um país inteiro, você deveria ter o direito de se foder também, I guess; mas não basta só ter a idade. Todas as outras circunstâncias, inclusive estar a fim de transar, obviamente, precisam acompanhar a data.
10. Como é o orgasmo feminino? Bom, pra começar, é uma delícia. Mas fisicamente o que acontece é uma contração generalizada do corpo, um ponto alto de prazer que dura alguns segundos (ou alguns minutos, se tu fores uma d'As Escolhidas) acompanhado de uma lubrificação muito intensa e mais "grossa" que a lubrificação da excitação pré-sexo. Há algumas mulheres que soltam muito líquido na hora do orgasmo, o chamado "squirting", que parece xixi vaginal, pra ser honesta; mas nem ginecologistas manjam muito bem por que ou como isso rola, então não vou ser eu a tentar explicar. Caso role contigo, vá a um ginecologista, pra que ele não saiba muito bem o que te dizer com propriedade. Outras mulheres têm orgasmos múltiplos, o que pode ser bem legal ou péssimo, caso você queira só dar uma rapidinha no banheiro da faculdade ou algo assim (por favor, não façam isso). Orgasmos múltiplos são basicamente orgasmos mais longos e que repetem aquele "auge" de prazer mais de uma vez. Depois do orgasmo, vem uma sonolência e um relaxamento intensos. E, ao contrário dos homens, as mulheres em geral conseguem continuar transando depois de gozar uma vez, o que é legal, mas raro, porque a maioria dos homens goza bem mais rápido que as mulheres.
11. Só dá pra gozar com penetração? Muitíssimo pelo contrário, minha cara. É mais uma coisa que ninguém conta pras meninas. Freud dizia que existe um orgasmo maduro e um imaturo: o maduro era o com penetração masculina e o imaturo era, bem, qualquer outra coisa, mas principalmente o causado pela própria mulher com masturbação. Ele dizia que o orgasmo imaturo não era tão intenso ou completo quanto o maduro. A realidade provada por Masters e Johnson (que inspiraram a série "Masters of Sex" da HBO) é que, falando sinceramente, a última coisa que uma mulher precisa pra ter um orgasmo maravilhoso é um homem. Meu professor de biologia insistiu por muito tempo comigo que mulheres não sentem prazer algum na vagina, que apenas existe estímulo no clitóris e portanto o clitóris, apenas, pode causar orgasmos. Bullshit. O clitóris é extremamente mais sensível e é bem mais fácil chegar a um clímax estimulando-o, mas sexo não é apenas mexer aqui ou ali. Mesmo quando a penetração é feita de tal forma que o clitóris fica intocado, todos os elementos psicológicos podem, sim, levar a mulher a um orgasmo. Sem contar no ponto g.
12. MEU DEUS EXISTE PONTO G? Pior que existe. Mas ele não é nem um ponto e nem a cidade de Atlântida. É mais uma área mesmo, na parede superior da vagina, abaixo do osso pubiano, que fica mais inchada que o resto da vagina durante o sexo e por isso provoca mais prazer. É meio difícil de alcançar e de estimular, e por isso recebe esse tratamento besta como se fosse um unicórnio de buceta, mas não. É só um lugar legal pra se estar durante o ato. Caso você ainda não tenha sacado onde é, eu posso quebrar teu galho e te dar pelo menos as direções: coloca teu polegar em cima do teu osso pubiano (abaixo do monte de vênus), cobre o clitóris e a uretra com a palma da mão e aí coloca o indicador ou o médio, ou ambos, e "força" as pontas dos dedos na direção do teu polegar. É mais ou menos por aí. Tem desenhos melhores na internet.
13. Só pode usar absorvente interno depois da primeira vez? Essa questão é totalmente o tipo de questão que é legal você discutir com uma ginecologista. Ela vai te examinar, ver como está a tua "situação" vaginal e vai poder te dizer se vai rolar ou não. Aliás, esse é um bom momento pra começar a tua relação com uma ginecologista, uma relação que, se possível, vai durar muitos e muitos anos: a partir da primeira menstruação. Uma ginecologista que você visita regularmente vai ser alguém com quem tu tem liberdade de conversar, perguntar, alguém que te conhece intimamente e que vai cuidar de ti, de fato. A confiança estabelecida nessa relação é ideal e essencial!
14. É verdade que a camisinha diminui o prazer do homem? Eu não tenho pênis, mas te garanto que isso é mentira. Já botou uma luva de laboratório? Aquelas de borracha, geralmente brancas? Se nunca colocou, encontre uma pra testar e finja que teu dedo é um pênis e mexa nele. Pois é: a camisinha é extremamente mais fina que aquela luva. Então não tem essa de que não sente nada ou não sente prazer. Mas, obviamente, tem muito homem que prefere sem, assim como tem muita mulher que prefere sem, e muita mulher que passa a vida sexual inteira se prevenindo de concepção sem camisinha. Isso é uma escolha do casal. Hm, deixa eu repetir porque eu acho que essa frase pode passar batida. Isso é uma escolha do CASAL. Se o cara não quer usar mas você não se sente segura sem, não transe sem de jeito nenhum. Se você não tá numa relação estável em que ambos estão saudáveis e conscientes (ou seja, vocês foram ao médico pra ver se vocês têm alguma DST) então a camisinha é essencial e indispensável e pelo amor do milho, tu já deverias saber disso. Todo ano a Daniela Mercury aparece na televisão em fevereiro pra falar que tem que usar camisinha. Usa camisinha. Porra.
15. É verdade que depois da primeira vez toda menina tem infecção urinária? É quase verdade. Eu não conheço nenhuma que não tenha tido, mas há uma explicação plausível e bem fácil pra isso, e é tão comum que tem até nome de "cistite de lua-de-mel". Durante o sexo, com os movimentos pra dentro e pra fora, o pênis empurra a parede superior da vagina, e consequentemente a inferior da uretra, e a fricção do movimento faz com que as bactérias da entrada da uretra subam por ela e vão para a bexiga, causando a infecção, porque essas bactérias não pertencem àquele lugar. Um jeito simples de prevenir quase que por completo a cistite é, como sempre, estar bem lubrificada (pra evitar mais atrito na uretra) e fazer xixi logo depois do sexo, porque o xixi "empurra" as bactérias que subiram pra fora, além de reequilibrar o pH da uretra. Hidratar-se bem ao longo do dia é essencial esteja você transando ou não, mas nessa época é ainda mais importante. Caso não role de prevenir e você tiver a infecção, peça uma indicação pra teu ginecologista de um remedinho. NÃO saia tomando remédio sem consultar o médico, porque os efeitos colaterais podem ser muito piores do que ardor no xixi (experiência própria). E lembrete: a cistite não acontece só depois da primeira vez! Ela pode acontecer quando você passa muito tempo sem transar e aí volta a ser sexualmente ativa, pode acontecer simplesmente por falta de higiene ou cuidado e afins. Porém a cistite "de lua-de-mel" é quase que uma lei da natureza, então é bom prevenir ao máximo. Por via de regra, sempre faça um xixizinho depois de transar.
16. Se ficar sem transar por muito tempo, a vagina fecha/o hímen volta? Vagina não é lóbulo da orelha, que se você furar pra pôr brinco e depois parar de botar brinco, ele fecha. A vagina vai continuar do mesmo jeito que estaria caso você estivesse transando regularmente, a não ser pelo fato de ela não estar tendo muita atividade no dia a dia.
17. Pode transar menstruada? Pode sim, ô, se pode. O lance é que pode não ser tão confortável pra um de vocês, ou ambos, e muitas vezes a menstruação inibe parcial ou totalmente a lubrificação, então, assim, a menos que seu namorado trabalhe num submarino que só emerge uma vez por semestre, não vejo razão pra não esperar uns diazinhos antes de transar.
O que eu tô tentando dizer com tudo isso é que sexo é fácil. Sexo é bom. É gostoso, delicioso, é quase fofo; mas só se for feito certo. Não vale nada se for feito nas coxas, figurativa e literalmente. E é tão simples quebrar o ciclo, é tão possível. Tua mãe, tua avó, tua melhor amiga, tua irmã mais velha; todas elas podem ter sofrido e levado esse trauma e a desinformação pelo resto da vida, mas você não precisa. Esse texto aqui pode ser um início pra ti, ou pode ser mais um pedaço do caminho, mas definitivamente você não deve parar de se informar aqui. Questiona, lê, vá atrás. Joga no Google, se olha no espelho, se toca, conversa. Às vezes dá vergonha, mas sempre, sempre vai ter algum lugar onde você vai poder falar sobre isso, perguntar, se informar. Talvez tudo isso aqui seja novo pra ti, talvez você já tenha começado a vida sexual e de repente algo aqui vai te dar um alívio e uma explicação de "ah, então é por isso que aconteceu tal coisa". O importante é lembrar que sexo é a coisa mais natural do reino animal depois de comer, basicamente. Todo mundo transa, mas nem todo mundo transa bem. Não trate sexo como algo desconfortável, secreto, obscuro. Normaliza a idéia do sexo ao máximo possível e confia nele. Todo o medo, a vergonha e os mitos ruins são cíclicos. Se você quebrar o ciclo do sexo errado, você pode começar um ciclo que vai seguir por gerações e gerações. Faça isso.
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139 comments
eu fico muito feliz de você ter escrito isso porque teria sido muito útil pra mim há alguns anos. eu espero que esse post seja lido por muitas meninas e espero que as que não transaram ainda tenham uma ótima primeira vez. ♥
ResponderExcluirNão consigo comentar os seus posts de outra maneira: Ana, você é m a r a v i l h o s a! Sério, obrigada por esse texto tão informativo e descontraído!
ResponderExcluirana, explica um pouco sobre pompoarismo?
ResponderExcluirPompoarismo são os exercícios de Kegel: contrair os músculos da área vaginal-retal por alguns segundos, relaxar, repetir. É legal que dá de fazer a todo momento, em todo lugar.
ExcluirAna, meu pai sempre falou do pompoarismo pra todo mundo aqui de casa (mas como benefício pro sistema urinário, né, não ficava dando dica sexual pra criança também)... até que ano passado ele teve um problema sério no sistema urinário, foi no médico e, quando contou do que fazia, o médico disse pra parar. Disse que pompoarismo é mito, que na verdade faz bastante mal, porque causa um mini refluxo que, quando repetido sempre, ajudava (e muito) a ter problemas urinários. Segundo ele, isso é tanto pra homem quanto pra mulher. Eu fiquei alarmada e decidi que não ia continuar com isso, já que confio mais no médico sinistro que meu pai teve que ver do que na opinião do meu pai ou em qualquer coisa que eu tenha lido em algum site maluco da internet (que no caso nem foi o seu, foi bem antes). Enfim, fica o aviso. Acho que seria legal procurar saber os malefícios também pra vc repensar se vale a pena mesmo assim como eu repensei. bjs :*
ExcluirEu já pesquisei bastante sobre: há muitas divergências no mundo da mecidina quanto a isso, assim como várias outras questões que eu tratei aqui nesse post. As dicas que eu passei são as que são mais bem-aceitas pela maioria dos médicos e as que eu tirei com o meu ginecologista e do meu "guia" principal, um livro chamado "Vaginas", escrito pela Dr. Carol Livoti. Por isso eu deixei avisado que as minhas opiniões são não-especializadas, pra evitar esse tipo de comentário haha cada um tem mesmo que fazer a sua própria pesquisa e se consultar com o médico que confia e seguir o que acha correto, mas aqui não é caso de desinformação ou falta de pesquisa. ♥
Excluirmeu deus ana, você é INCRÍVEL. acho que não tem nenhuma palavra que te escreve melhor, de verdade. me sinto uma sortuda de ter te achado no twitter, e acho que toda menina devia ler as coisas que vc fala também. parabéns :)
ResponderExcluirCara, você é muito foda! Eu jurava que você tinha uns 20 anos, no mínimo, só pelos seus tweets. Você é super madura e a sua maneira de escrever é incrível. Texto super esclarecedor e descontraído ao mesmo tempo, cada dia eu fico mais encantada com você!
ResponderExcluirTexto ma-ra-vi-lho-so! Meu Deus, vamos espalhar isso para o mundo, para que as meninas se informem! Existe um tabu muito grande, uma falta de comunicação gigantesca, e essas meninas acabam por não saberem muito bem sobre relação sexual. Eu tive a oportunidade de ter pais e amigos excelentes que sempre falaram disso comigo abertamente, mas infelizmente muitas meninas não têm essa liberdade para conversar com os pais ou alguém que possa lhes orientar!
ResponderExcluirParabéns, Ana, mais uma vez, por esse texto incrível, escrito de forma simples e clara.
é triste saber que em pleno séc XXI as meninas têm medo de conversar com os pais ou vergonha de ir a um ginecologista por causa do julgamento desnecessário das pessoas, sabe, e acabam por não terem qualquer tipo de informação e terem uma primeira vez traumática, sem qualquer proteção, correndo vários riscos de dst, etc.. esse texto, que todas as meninas que não tiveram sua primeira vez leiam esse texto, que esse texto corra o mundo sendo traduzido para todos os idiomas possíveis para que as meninas se informem hahaha... texto muuuuito bom, suuuper esclarecedor, maravilhoso meeeesmo, você lacra, ana
ResponderExcluirsucesso no seu blog
As vezes o medo (digo por mim, q eh o caso q vivo hj) eh devido a atitudes dos pais, meus pais acham sexo antes do casamento coisa absurda, rolaria maior polemica se eu falasse q perdi minha virgindade, eles ficariam falando q eu me perdi e coisa e tal, alem das diversas broncas q eu teria q ouvir, então nesse caso não eh minha culpa não falar nd, não me abrir cm eles :s eu ate queria mas sei q vai ser assim pq alem d ter sido assim cm minha irma eles falam isso q eh se perder, q eh envergonhar a familia e etc. Totalmente arcaicos. Uma pena.
Excluir"É meio difícil de alcançar e de estimular, e por isso recebe esse tratamento besta como se fosse um unicórnio de buceta, mas não." MELHOR FRASE
ResponderExcluirAna, não entendi direito sua explicação sobre como chegar no ponto g, você conhece algum vídeo que demonstre?
ResponderExcluirNunca procurei HAHAHA acho que o jeito mais fácil de fazer é com um espelhinho ou vendo um desenhinho detalhado da vulva! Duvido que alguém tenha feito um vídeo assim...
ExcluirAna MUITO OBRIGADA MESMO
ResponderExcluirEu infelizmente nao tenho coragem de convesrar com os meus pais sobre isso eles sao muito conservadores, eu sou virgem e ja li varias coisas na internet sobre isso e esse texto seu foi mais para super clarear a minha mente... eu tinha varios desses tabus na minha mente sobre o sangramento, a dor da primeira vez etc o que sempre me impediu de ter a minha primeira vez, as pessoas da minha familia sempre falam isso parece q pra passar medo na gente pra que a gente nao transe entende
seu texto foi muito muito legal p mim pro que eu pensava nossa vou passar esse link para minhas amigas beijos
Poxa Ana, que bom que você escreveu esse texto! Tenho um monte de inseguranças sobre a primeira vez e ver alguém tratando isso com tanto carinho e naturalidade me faz sentir bem melhor ♥
ResponderExcluirNossa Ana, eu queria MUITO ter lido esse texto antes de ter perdido a virgindade, porque eu sou até hoje meio traumatizada com sexo por causa da minha primeira vez. Muito obrigada por trazer essas informações pra gente, porque infelizmente é uma coisa que não é discutida por aí. Eu tenho tentado frequentemente me informar e me livrar desse trauma que eu criei em mim, então MUITO obrigada. Eu amo seu blog, você é maravilhosa!
ResponderExcluirTexto ótimo, fácil de ler e de entender. Nunca tive dificuldades de conversar sobre sexo com familiares (principalmente com a minha mãe e minha avó que tem dois pontos de vista diferentes). Mesmo você disse coisas que eu nunca pensei que poderia acontecer (tipo a cistite). Você da as sua leitoras (e pq n leitores?) informações, nos ajuda a compreender melhor e até a relaxar. Obrigada Ana por esse texto maravilhoso. Que você continue postando aqui. Arigato!
ResponderExcluirMuito muito MUITO obrigada. Sou virgem, tenho 22 anos e ainda não fui ao ginecologista por DOENÇA MENTAL, mas você me fez tomar vergonha na cara. Nunca tive problema de falar de sexo com a minha mãe, ela sempre foi muito aberta sobre tudo comigo. Acho que por isso não me incomodo em ser virgem e dizer que sou. Não me sinto desconfortável sendo. Mas me sinto uma alienígena em não ser acompanhada por um médico por pura trava psicológica. Já fui muito incentivada e levei esporro por não ir, então é falta de vergonha na cara mesmo. Você me abriu mais ainda os olhos pra isso. Comecei a me masturbar a pouco tempo, me conheço pouco, mas tento e vou continuar tentando. Obrigada por me esclarecer muitas coisas, MESMO. Receba um abraço dos mais sinceros dessa vida. <3
ResponderExcluirpassando para todas as amigas desde ja! ana, seus texto sao maravilhosos, eu realmente tirei umas duvidas agora e so tenho que agradecer, vc é maravilhosa!!
ResponderExcluirQue lindo Audy <3 De fato nunca conversei com a minha mãe sobre sexo, ela sempre foi meio tímida e eu tenho medo de constrangê-la com alguma pergunta. Ela ainda usa uns eufemismos pra sexo, vagina, pênis, etc. E meu pai é pior ainda, daqueles machões que não falam nem quando estão tristes pra família. Mas felizmente isso nunca foi um empecilho pras minhas descobertas sexuais. Achei meio que perdido na nossa prateleira de livros aqui em casa um livro bem didático falando sobre sexo pra crianças e tal, devia ser da Marta Suplicy também, se bem que não lembro o nome, isso quando eu tinha uns 6 anos. A minha infância foi toda baseada naquele livro. E também me masturbei desde bem novinha, comecei com uns 5 quando ainda nem sabia qual era o nome pra isso. (literalmente eu me esfregava no cantinho do sofá ou da cama e chegava facinho no orgasmo hahaha) Enfim, nunca me senti confortável o suficiente pra chegar e falar com meus pais mas pelo menos não fiquei marcada como uma continuação do ciclo que você falou. E encontrar pessoas na internet como você e outras feministas só me fez me empoderar ainda mais sobre sexo (Obrigada, de verdade). Além disso, daqui a 2 meses eu faço 18 anos, e pretendo falar pra minha mãe que quero ir numa ginecologista pra começar tomar anticoncepcional (só fui na médica uma vez quando eu tinha uns 14 anos e estava com corrimento). A sociedade faz de tudo pra que nós mulheres não tenhamos informações sobre sexo, e os mitos vão sendo passados de geração em geração como verdades absolutas. Mas de pouquinho em pouquinho, com gente como você no mundo, a gente consegue reverter a situação. <3
ResponderExcluirLendo esse texto eu vejo como eu sou sortuda de mãe, tudo bem que depois que eu cresci (16 anos) ela nunca mais falou sobre sexo comigo, as vezes sobe uma coragem e eu penso em levantar um assunto mas eu tenho um pouco de medo do que ela pode pensar. Tudo bem que ela que foi a doida que fez você colocar no teu texto que vc não para de crescer quando transa (ela quis se aproveitar pq eu sou baixinha). E tudo bem que ela não quer que eu transe e deixe de ser a garotinha dela, por que ela sim carrega essa definição medieval de virgindade (eu pessoalmente acho que o maior critério é vc transar com alguém que te deixe confortavel e se preocupe com vc, mas isso pra qualquer transa).
ResponderExcluirMas tem uma coisa que ela disse pra mim que eu nunca vou esquecer, lá pros meus 12/13 anos; "sexo você tem que fazer quando você se sente pronta, quando você gosta da pessoa, você tem que ta bem tranquila e relaxada, n pode fazer só pq seu namoradinho quer. Dai vc vai ver, vai ser uma delícia".
Ana, você é incrível, maravilhosa! O mundo deveria ter mais pessoas como você.
ResponderExcluirE manda um beijo pros teus pais, que te educaram de uma forma linda!
meu deus, ana, que texto maravilhoso! por favor, não deixa de postar nunca, tá? espero que muitas meninas tenham acesso a esse texto porque pode ajudar muitas delas sim, já tô até tratando de mandar pras amigas <3
ResponderExcluirp.s.: eu achei até que me fez bem ler esse texto nos dias atuais, porque quando eu tive minha primeira vez, há mais ou menos um ano e meio, foi tudo maravilhoso e dentro dos conformes, e eu tinha VERGONHA de admitir que não tinha sangrado, falava pras amigas que "sangrou um pouquinho e eu vi depois". juro. anyways, parabéns, moça <3
(Primeiro: obrigada por permitir o anonimato. vc recebe muita babaquice quando faz isso, mas só conseguiria falar aqui anonimamente, e eu queria muito falar). Você começou a falar mais abertamente sobre sexualidade feminina e "primeira vez" um pouco antes de eu ter a minha primeira relação (talvez vc tenha falado antes, mas eu só reparei nessa época), e eu sou imensamente grata por isso! Por causa do que você falou sobre sexo >não poder ser algo dolorido, eu tive firmeza ao mandar meu parceiro parar (ainda bem que em nenhuma das vezes foi com penetração, se fosse, talvez eu tivesse menos firmeza, pq ia pensar no prazer dele). E sobre "se não dá pra dar, não dá": SIM! O medo de não ter/sentir ter "liberdade" pra transar arruina tudo. Eu conhecia meu corpo, rolou preliminar e eu tava com muita vontade nas duas vezes em que tentei, mas o medo não permitiu eu relaxar completamente, logo: doeu. Queria ter pensado nisso antes... Enfim, obrigada de novo! Você é maravilhosa, e eu aprendo muito com você! <3
ResponderExcluirAna, me ajuda com uma coisinha, por favor? Eu AMO ler sobre "a primeira vez", porque cada vez que leio me sinto um pouco mais segura pra poder ter -enfim- a minha. Assim, eu namoro faz 5 anos (sim, isso é esquisito, e POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, meu namorado me entende e tá esperando meu momento como deve ser). Mas eu tenho muita vontade de fazer sexo, nós fazemos de tudo, conhecemos nossos corpos e vice versa, JUNTOS, mas menos a bendita "relação". Tudo isso por que? >>> meu pavor de engravidar <<< eu juro, tenho 21 anos hoje e passei minha vida inteira ouvindo minha mãe dizer que engravidou de mim mesmo tomando pílula, também vi MUITAS amigas minhas que estudaram comigo quando jovenzinha e agora ja tem seus filhos, engravidaram cedo e algumas dizem que se preveniram sim. Eu sei que tenho que começar a com um AC receitado pelo ginecologista, mas mesmo que eu faça isso, tenho essa paranóia plantada com uma raiz enorme na minha cabeça. Tenho medo de engravidar sem querer mesmo fazendo certo, e esse medo tá me atrapalhando já, me sinto uma estranha, uma incapaz de me dar esse prazer que toda garota se dá que é o sexo, e que eu gostaria. Sei que tu não é médica mas talvez com esse seu dom de escrever bem e esclarecer possa me abrir uma luz. Me ajuda um pouquinho? Eu amei seu texto. Muito.
ResponderExcluirEu conheço em parte essa paranóia, mas não chegou a ponto de me impedir de transar (só me deixou desesperada depois, mesmo HAHAHA). Eu, no teu caso, sentaria com a minha ginecologista pra falar apenas disso, pra ter uma aula, mesmo, sobre todo método anticoncepcional que há, sobre as efetividades de cada um, tudo isso. É o tipo de info que tu consegues no Google mas é bem mais legal e seguro quando tu conversas com um especialista sobre isso. Aí tu podes ver qual é o método que mais te deixa confortável e qual o ideal pra ti, pra que tu possas relaxar e começar tua vida sexual numa boa. E depois, provavelmente, esse medo vai passar, viu?
ExcluirObrigado! Vou mesmo fazer isso. Eu vejo elas falando e penso que é tudo bullshit, poxa vida, não pode ser que uma pessoa que faça tudo direitinho engravide :( hahahah, maior medo. Obrigada Ana.
ExcluirAnônima, não está sozinha. Namoro há quatro anos e não transei ainda pelo mesmo motivo. Textos como esses fazem com que eu me sinta cada dia melhor comigo mesma em relação a minha sexualidade. Obrigada, Ana <3
ExcluirEu acho incrível que exista alguém como você p/ dar esses esclarecimentos (que toda mulher deveria ter) dessa forma tão simples e esclarecedora. Ao mesmo tempo que tu traz conhecimento nesse texto, tu traz também a motivação pra que isso não pare por aqui. Eu li todos os teus textos até agora e esse, definitivamente, é o meu preferido. Vi alguns "maravilhosa" por aqui, mas não tenho como evitar, tu é realmente maravilhosa. O seu blog deveria ser de utilidade pública, Ana! Haha
ResponderExcluirAna, MUITO obrigada pelo texto. Esses dias eu estava conversando com algumas amigas (nenhuma sexualmente ativa) sobre sexo e consequentemente surgiram duvidas que nenhuma de nós sabia responder, mas esse texto tirou TODAS. Mandei o texto pra todas as minhas amigas!! Obrigada mesmo, tu é maravilhosa <3
ResponderExcluirAna, este seu texto deveria ser lido por todas as meninas e mulheres, virgens ou não virgens. É, simplesmente, a coisa mais esclarecedora em relação à primeira vez que eu já li na minha vida. Apesar da minha primeira relação ter sido bem tranquila e prazerosa, gostaria de ter tido a oportunidade de tê-lo lido antes de ter perdido minha "virgindade", pois teria me poupado de todo o estresse que tive antes e depois desse momento. Muitas coisas que eu não compreendia (como o fato de não ter sangrado e não ter sentido dor na primeira vez e em nenhuma vez depois desta, algo que, inclusive, minha gineco disse ser comum lá na minha adolescência), ficaram bem claras agora.
ResponderExcluirNão consigo explicar a satisfação que eu estou sentindo e só posso te agradecer. Então: MUITO, muito obrigada mesmo por este texto.
Ai Ana, ler esse texto me deixou ainda mais feliz pq agora tive a certeza absoluta de que sempre transei direitinho (inclusive sou uma menina que não teve cistite depois da primeira vez e nunca tive cistite na verdade haha), além de descobrir que sempre pratiquei pompoarismo sem saber que existia um nome pra isso haha
ResponderExcluirE é isso que eu desejo a todas nós mulheres, que nós sempre transemos com pessoas que se importem conosco, sexualmente falando, e que tenhamos transas umas melhores que as outras haha
Parabéns Ana, pela inteligência (não só nesse assunto como em tantos outros), pelo talento com a escrita, por nos ajudar tanto, com assuntos sobre os quais nem sempre temos fácil acesso de maneira tão clara...
Eu não te conheço mas que vc continue sendo a pessoa maravilhosa que demonstra ser...
Bj grande <3
Eu quase choreei com esse texto por voce se mostrar tao prestativa com esse assunto. É o texto sobre sexo, mais lindo da internet. Eu adoro esse sentimento que to sentindo agora "nossa agr tudo ficou mais claro td faz sentido" eu me sinto BEM mais confiante agora. Teus pais foram mt bacana contigo, diga a eles que mandei os parabéns pq eles criaram uma pessoa maravilhosa. Tudo que sei sobre sexo, menstruação e afins eu aprendi tudo sozinha, na tv, em revistas, livros, conversas com outras garotas, enfim... Minha mãe sempre teve o pudor de conversar essas coisas e meu pai puff nem comento. Quando era criança e assistia Malhação (no tempo do Cabeção e tal) tava passando uns episodios de uma garota ( a protagonista, nem lembro) tava com dúvidas sobre a primeira vez dela com o namorado (se ela tivesse lido esse texto ela não teria sofrido tanto nas cenas kk) dai eu fui a minha mae e perguntei a ela o que era sexo (eu ja sabia, claro! so queria ver a reação dela), bom... Ela disse q eu estava p r o i b i d a de assistir Malhação, mas eu assistia mesmo assim kkk nem o absorvente ela me ensinou usar, lembro que a primeira vez que menstruei, minha irma me deu o absorvente e eu não entendi nada e preguei todos os pêlos pubianos pq coloquei ao contrário kkkk outra vez eu fingi que tinha menstruado e sujei a toalha de vermelho, só pra ver a reação da minha mãe e ela deu um berro "AMANDA, PARA COM ESSAS BRINCADEIRA PRA QUE VC QR ISSO PRA SUA VIDA" na hr eu ri, mas dps me dei conta do problema que eu tinha em casa "é, vou ter que me virar mesmo". Eu entendo essas atitudes da minha mãe, isso já veio da minha vó, que aprendeu com minha bisavó e toda essa explicação historica que vc falou no texto ne... Eu espero que esse ciclo acabe pq minha filha e minhas sobrinhas vao saber de tudo isso ai e NGM VAI ME CALAR vou ser a tia mais legal :D Tomara que daqui pra la a internet ainda exista pq esse texto vai me ajudar muito. Sucesso Audy, muito SUCESSO pra você!! E obrigada por tudo :*
ResponderExcluirEu literalmente li esse texto inteiro com um sorriso imenso no rosto de tão fantástico que ele tá. Felizmente eu tive acesso à essas informações desde nova, mas mesmo assim preciso te agradecer por esse texto tão esclarecedor. Quero mostrar pra todo o mundo! Sua escrita é gostosa de ler, obrigada pelo blog!
ResponderExcluirNossa, sem palavras, Ana. Sério. Preciso perguntar algo. Tu se incomodaria com teu texto sendo lido em sala de aula? Eu estou no último ano do Ensino Médio e, estou com um projeto sobre educação sexual, nesse tentando levar o máximo de conhecimento sobre o assunto para todas as meninas da minha escola, com o apoio de uma professora. Eu acredito que o teu texto seria perfeito pra isso. E eu também faria questão de indicar o blog a todas, porque esse não é primeiro texto sensacional que eu leio aqui.
ResponderExcluirClaro que pode! Me conta depois como foi e o que acharam, ok? ♥
ExcluirÔ Ana, sabes o que disse sobre 'ser irmã mais velha do mundo'? Eu apoio. Sou mais velha que ti e ainda assim sinto que tenho MILHARES de coisas pra aprender contigo. Com a vida, na verdade, mas gosto que seja contigo. Minha primeira vez foi com 16, e hoje, 5 anos depois, eu ainda tenho uma bruta dificuldade em relação à sexo. Ninguém fala que pêlo não diminui o prazer, que menstruação não é nojento, que homem tem que fazer mais que imitar uma britadeira ambulante, que é NORMAL mulher se masturbar. Mais que isso, que é saudável. Só fui aprender isso TRÊS MESES ATRÁS. Imagina, 4 anos de sexo frustrado com direito à choradeira no banheiro.
ResponderExcluirSei lá, só fico muito feliz por meninas virgens (ou não) terem acesso ao teu blog e terem a chance de desconstruir esses tabus de uma forma fácil e gostosa. You rock.
Ooi Ana, tudo bem?
ResponderExcluirEu fiz um comentário positivo em relação ao teu texto
Mas depois de publicar o comentário me veio a ideia
Eu participo de uma coletiva feminista e pensei em sugerir como projeto na nossa próxima reunião, um ato, com meninas pré adolescentes e adolescentes pra conversar sobre esse tema tão inacessível e tão tabu
E gostaria de pedir autorização pra utilizar seu texto como base, pela didática que vc tem etc
Com todos os créditos claro, tudo direitinho etc
Vc permite? Espero que sim
Pode usar sim! Depois conte como foi, viu? ♥
ExcluirÉ mesmo importante se tocar? Eu sei que é só eu e eu mesma mas mesmo assim me sinto um pouco.. encabulada (?) na real também não sei o que deve ser feito, ou se quando tomar a inciativa vou saber..
ResponderExcluirÉ superimportante! E nem falo necessariamente de masturbação, mas de simplesmente tocar o corpo pra saber quando há mudanças nele, como ele reage a isso ou aquilo. Não existe pessoa com mais liberdade e delicadeza pra tocar teu corpo do que tu mesma. É simplesmente tocar e se explorar.
ExcluirNossa, como eu queria ter lido isso antes!! De qualquer forma, muito obrigada por ter conseguido através desse texto me confortar de alguma maneira, fiquei bem melhor depois de ter lido. Espero que muitas meninas leiam antes da primeira vez, e depois também, pois com certeza vai esclarece-las e conforta-las. Beijos, e continue com esses posts maravilhosos <3
ResponderExcluirAna, me ajuda. Perdi minha """virgindade""" a uns meses e depois disso só transei uma vez. Eu sempre fui tranquila em relação a sexo e tal. Mas depois que transei a primeira vez fiquei paranóica, não consigo relaxar, fico pensando milhares de coisas e pra piorar tenho aqueles flatos vaginais que me deixam super desconfortável. Meu namorado é tranquilo, sabe esperar e me entende. Mas eu me sinto péssima pq nem me tocar eu consigo, não fico excitada, não tenho "fantasias", me sinto tão pessima. Me ajuda
ResponderExcluirSó consigo ver duas opções pra ti: ajuda médica (seja psicológica ou ginecológica, pra discutir essas milhares de coisas que te deixam paranóica) ou ir tentando, aos poucos, voltar a desenvolver tua vida sexual. Não forçar nada, mas tentar com preliminares, carinho, intimidade, discutir isso tudo com teu namorado, pedir realmente a ajuda dele pra te ajudar com isso. E ó: esses "flatos" vaginais são a coisa mais normal do mundo. Dependendo da posição, eles acontecem mais ou menos, mas toda mulher passa por isso, ok? Tens a opção de ficar desconfortável ou a de achar graça, mas fique avisada que é NORMAL e que todas nós já os tivemos, ou teremos. ♥
ExcluirOh. meu. deus. Eu nao so' AMO tudo o que escreveste, Ana, como estava ha' ANOS com vergonha de dizer ao meu ginecologista que tinha esses "flatos" (e estou a descobrir que afinal existe nome e normalidade neles!)
ExcluirAinda sou "virgem*" :) Mas acredito que me tiraste um ENORME peso de cima.
Este texto esta' nos meus favoritos, e sem duvida vai ficar no meu coraçao a forma como falaste do assunto e como eliminaste os tabus. Nao consigo encontrar palavras ale'm de: PARABE'NS!!! :)
PS: Alem de feminista, sou estudante de medicina. E juro que me ensinaste mais sobre a anatomia feminina e sobre sexo do que qualquer dos meus professores, ate' agora. :D
É evidente que o texto é voltado ao público feminino, mas os garotos que ainda não tiveram a maravilhosa experiência de transar e que um dia sejam os "escolhidos" para a 1ª vez de alguma garota, podem aprender muito com o que escreveu. Eu espero que um dia, o tabu com o assunto em questão(que é totalmente humano e natural), seja quebrado, e que as famílias, escolas, e outras fontes de educação e ensino, possam ser mais sensatas e menos hipócritas. Sou um garoto e achei sensacional seu texto. Tenho que concordar com certas coisas que fala sobre o homem, imagina que estúpido você não se preocupar com o prazer, o conforto da garota na 1ª vez dela, é muito egoísmo. Sobre a camisinha "inibir" parte do nosso prazer, é mentira, pelo menos comigo isso não acontece, você tem que zelar pela segurança dos dois, considero uma forma de respeito. Bom, eu já fui o "escolhido" para a 1ª vez de uma garota, e foi mágico, pois ela também foi a minha "escolhida", nós não tínhamos experiência, ela não tinha liberdade com os pais, mas ao menos conhecia seu corpo e seus desejos, e eu só conseguia pensar: "eu posso deixar a pior lembrança possível se isso não for bom pra ela"...Imagina, fazê-la se lembrar da primeira transa como algo horrível, doloroso e pouco prazeroso, não é um simples acontecimento que se apaga da cabeça quando quer. Acabou sendo muito bom, o amor fluiu e transformou o medo em uma sensação de paz e em sorrisos. Não deixem seus namorados serem egoístas, sexo não é para egoístas, tem de haver prazer, química, sincronismo, e daí vai ser inesquecível de forma positiva. Talvez não concordem com algo, mas eu senti vontade de comentar, e podia falar muito mais, mas vou ficar por aqui.
ResponderExcluirESSE TEXTO VEIO NA HORA CERTA!!!!!1 você falou que não queria entrar no assunto 'depilação' mas tudo o que eu quero é que você fale disso eventualmente. Eu tenho 14 anos e sou muito peluda em áreas que supostamente o pêlo deveria ser fino (braços, coxas, barriga) não sei se é genética ou alguma doença, tenho digamos que vergonha de falar com a minha mãe sobre o assunto (mas eu sei que ela sabe que eu me incomodo um pouco com isso) eu fico um pouco receosa de usar shorts (mas uso) e tenho a infelicidade de ouvir coisas machistas por conta do excesso de pelos mas O PONTO É QUE eu sinto que não deveria ter vergonha nenhuma e queria que você tocasse no assunto 'corpo femenino' 'pelos' depilação' pra aprender a lidar melhor com isso
ResponderExcluirTeu sentimento tá 100% correto. Não há motivo de vergonha naquilo que é natural do corpo; aliás, eu acho que só se deve sentir vergonha de atitudes negativas, e pêlos certamente não se enquadram aí. Vais ouvir coisas machistas com ou sem pêlos, infelizmente, mas ó: a escolha sobre teus pêlos é tua. Se eles te incomodam, não há problema nenhum em tirá-los, a menos que isso vá contra um princípio teu e tal. O que importa é que tu faças o que te deixar mais confortável. Perca a vergonha, converse com a tua mãe - vai ver é genético e ela tem como te ajudar porque passou pela mesma coisa? - e decida o que tu preferes. O que TU preferes. Porque o machismo vai vir de um jeito ou de outro, viu, e não há vergonha nenhuma em ter o corpo que tu queres ter, alterando ele ou não. ♥
ExcluirEsse texto é tão bom que eu tive que salvar nos favoritos. Tenho certeza que vai ajudar muitas garotas.
ResponderExcluirParabéns, Ana! ☆
Ana, seu texto ficou incrível!!! Tudo que eu sempre tentei explicar para minhas amigas da faculdade e que não conseguia pois apesar da base biológica, não tenho a menor didática. Muito obrigada por esse texto maravilhaso!!!!
ResponderExcluirObs: Já está sendo compartilhado com todo mundo que conheço.
Abraço!!!!
Ana, que texto maravilhoso!! Antes eu tinha medo de sexo por achar que iria doer muito, agora eu tô bem mais tranquila. Eu tenho uma pergunta. Já olhei minha vagina algumas (bem poucas) vezes mas nunca consegui identificar nada lá, como eu sei onde fica o clitóris, os lábios, etc? Além disso eu nunca tive muita coragem de me olhar e me tocar por medo de achar alguma coisa errada ou anormal lá.
ResponderExcluirPrimeiro tens que começar a diferenciar, ainda que só na linguagem: vulva não é vagina. Se tu olhares tua vagina, não vais encontrar nada além de vagina. A vulva é onde estão os lábios, o clitóris, a uretra. Os grandes lábios são a pele carnosa onde nascem os pêlos pubianos e que envolvem a vulva. Os pequenos lábios são, bem, os pequenos lábios HAHA são mucosa e são uma proteção da vagina e a uretra. O clitóris é acima da vagina e da uretra, coberto por uma mucosa fina que pode ser afastada pra descobrir o clitóris. Se tu não consegues identificar dessa forma, veja desenhos, daqueles de livrinho didático mesmo, e aí olhe-se no espelho pra ver cada uma das áreas. Toque-se, sim. Se tiver algo errado ou anormal lá, o melhor é descobrir o mais rápido possível pra resolver! E não esqueça de ir a um ginecologista, independente disso tudo.
ExcluirAudy, eu to adorando o seu blog, de verdade. Eu lia o seu ask só para ler os conselhos, e quando você desativou fiquei muito triste, mas o blog é muito melhor. Porque aqui você pode se estender num assunto e os comentários não são de pessoas mal intencionadas. Eu aprendi muito com sexualidade com você. Nunca transei mas tenho certeza que quando transar eu não vou deixar esses mitos e tabus atrapalharem. E isso eu devo a você! Descobri o meu corpo muito melhor desde que comecei a te ler, antes tinha vergonha e culpa de me masturbar. Bom, é isso! Espero que o blog esteja fazendo sucesso e que você escreva textos sobre os mais variados assuntos. E ah, adorei a enquete que você fez para decidir qual seria o próximo tema, acho que essa dinâmica funciona bastante.
ResponderExcluirAdorei seu texto, de coração! Mas ao mesmo tempo me deixa triste, porque não consigo me sentir bem dessa maneira com meu namorado.. :/ Até hoje não consegui aproveitar o sexo e não sei o que posso fazer
ResponderExcluirConversar com ele, conversar com outras pessoas, conversar com um ginecologista, pesquisar sobre teus medos, trocar de namorado... Há muitas opções de solução, só tens que ver qual é o problema exatamente pra ver que método tu tens que usar pra resolver. ♥
ExcluirAna tenho medo do meu corpo nao agradar o cara na primeira vez. Odeio meu corpo
ResponderExcluirIdentifica por que, de onde vem esse ódio e aí procura qual método tu deves usar pra resolvê-lo, busca ajuda etc. Porém o medo de não agradar é irracional porque se tu estiveres pra transar com um cara (que eu espero que seja alguém que tu gostas, que tu confias, que goste de ti etc) é porque obviamente o teu corpo o agrada, senão ele não ia querer transar contigo, da mesma forma que tu não ia querer transar com alguém a quem tu não te sentisse atraída, né? Vai atrás de descobrir o que causa esse ódio - se é que é ódio mesmo; ódio é uma palavra muito, muito pesada e denota um problema muito sério, então pesa e mede bem esse sentimento antes de taxá-lo como tal - e aí busca a ajuda que tu precisares. ♥
ExcluirAna, meu namorado negou de tirar minha virgindade por meses por achar q o relacionamento era muito novo e q eu tinha q amadurecer a ideia (tenho 17 e ele 18),quando ele fez, não doeu, não sangrou, mas também não gozei, no oral ele me faz ir no céu, mas nunca consegui gozar só com penetração. Existem tipos de mulheres que nunca vão conseguir gozar só com o ponto g? ele sabe q n gozo com penetração, e tem lido muito sobre isso, vira e mexe me manda alguma coisa, mas tá bem dificil, pq ja tenntei varias posições com ele e eu n consigo ;c
ResponderExcluirComo eu falei ali, não é necessariamente o ponto g que faz com que a penetração leve ao orgasmo; todo o ambiente tem influência na reação. O orgasmo é no cérebro. Talvez tu sejas mais sensível no clitóris e menos sensível na vagina, talvez seja a duração da transa, mil coisas. Experimenta posições em que ele consiga estimular teu clitóris durante a penetração, seja com a própria fricção do corpo, do pênis ou com os dedos, mesmo, e vê se isso dá mais certo pra ti! E sim, a maioria das mulheres não goza só com penetração. Aliás, a maioria das mulheres não goza at all porque a maioria dos homens, infelizmente, não tem interesse em preliminares, tem nojo de sexo oral (mas quer recebê-lo) e se importa mais com o próprio gozo do que com o da parceira; sem contar que homens tendem a gozar muito mais rápido que as mulheres, especialmente com penetração. Já tens um namorado que tá se esforçando e sendo compreensível, basta ver qual o melhor jeito pra vocês dois sentirem prazer e se curtirem. ♥
ExcluirAna, queria muito que falasse sobre depilação :( eu sou bem noiada com isso e me sinto mal por ter muito pelo. Todas minhas amigas sempre se depilam e, apesar de eu considerar desnecessário, eu queria também, mas minha mãe é bem preocupada e diz que não é pra tirar tudo senão fica suscetível a doenças. Nunca fui a fundo pra descobrir se é verdade. Sei que não é médica, mas poderia me ajudar?
ResponderExcluirComo tu bem disseste, não sou médica, então por que tu e tua mãe, juntas, não procuram um dermatologista pra falar sobre isso e tirar dúvidas?
ExcluirPorém, se tuas amigas se depilam, o problema é delas. Se tu consideras desnecessário e só queres fazer porque elas fazem será que não é uma boa pensar melhor sobre isso? Faça pelo teu conforto, pela tua preferência, não pelas amigas, viu? ♥
Ana. Meu muito, muito, MUITO obrigada! (por existir, por escrever, por tudo) ♥
ResponderExcluirO que você faz pelas mulheres é simplesmente INCRÍVEL. É muito, muito, bonito que você se preocupe tanto em esclarecer pontos que para você nunca foram paradigmas, se colocar para o outro sem que seja para beneficio próprio e sem pretensão alguma. Sempre que você se propõe a falar de algo é como se abraçasse uma guria e eu só posso agradecer por isso. Muito obrigada por ser você. E saiba que sempre que se acolhe uma guria, ela se transforma em cuidado para outras também, inclusive para você. Esse carinho que você passa retorna em admiração e apoio, não tem jeito, é cíclico. Você tem muitas mulheres de pé por você. Obrigada.
ResponderExcluirYou go, girl.
minha melhor amiga mal conseguia andar de tanta dor no corpo depois da sua primeira vez, e eu tinha a certeza de que comigo seria assim também, mas eu conversava muito sobre com meu namorado, e apesar de sexo ter sido um tabu na minha vida por muito tempo por causa da religião, minha primeira vez não doeu praticamente nada, e só lendo esse seu texto que eu percebi que eu posso me considerar sortuda, porque para a maioria das gurias não é assim, e esse texto vai ser muito importante para todas elas, e com certeza vai me ajudar a conversar sobre sexo quando eu tiver uma filha, já que a minha mãe nunca abordou esse assunto comigo por vergonha. obrigada ana <3
ResponderExcluirana, vai fazer um ano que eu tomo anticoncepcional, mas já estou relaxada em quanto as horas... nunca tomo em um horário especifico. isso pode me trazer algum problema?
ResponderExcluirÉ esse tipo de pergunta que tu tens que levar pro ginecologista. Que EU saiba, ac precisa de regularidade pra trabalhar com efetividade. Vá ao médico e descubra, e se relaxar, bota um alarme no celular, um aviso na parede do quarto, alguma coisa! ♥
ExcluirAna, que texto maravilhoso! Se eu tivesse lido quando ainda era virgem minha primeira vez não teria sido tão ruim. Enfim, hoje tenho um namorado e o sexo com ele é ótimo, mas que tem me preocupado é: eu nunca consegui ter um orgasmo (não to jogando nas costas dele, só que nunca me incomodou tanto quanto agora). E sim, eu me conheço, me masturbo, sei do que gosto. Só que só recentemente cheguei perto de ter um orgasmo. Não sei se é a falta de experiência sexual mas quando to chegando lá a sensação é boa mas meio que me incomoda/me dá agonia e eu acabo parando sem "chegar lá" de fato. Eu acho que é muito do meu psicológico, não sei, sou muito ansiosa e me pressiono muito, às vezes me sinto um fracasso por não conseguir ter um orgasmo, nunca consigo relaxar completamente. Eu já conversei sobre isso com meu namorado e ele falou que tudo bem, pra eu parar de me pressionar que essas coisas acontecem naturalmente e tudo mais. É normal isso? O que eu faço pra conseguir relaxar na hora?
ResponderExcluirEu conheço muuuuuitas histórias de pessoas - inclusive guris - que passaram exatamente por isso: conseguiam sentir prazer mas na hora do orgasmo, até mesmo com masturbação. Acho que a única solução é descobrir por que tu sentes esse nervosismo (se é ansiedade, stress, pressão, medo de fracasso ou isso tudo!) e decidir que método é o melhor pra focar em desconstruir esse problema. Ou então simplesmente falar "AH CARA HOJE NÃO" e enfrentar esse nervosismo aí e tomar um suco de maracujá antes de transar e relaxar bastante. Ou (e não conta pra ninguém que eu disse isso) bebe uma cervejinha antes pra dar aquela amoleada no corpo. Tem jeito! ♥
ExcluirObrigada hahaha já pensei na última opção (isso ou fumar um)
ExcluirEu gostaria de escrever um texto imenso te agradecendo. Você fez uma coisa maravilhosa publicando toda essa "explicação" sobre primeira vez. Eu espero que todas as garotas consigam lê-lo até o fim e que realmente dê atenção a tudo isso.
ResponderExcluirEm tudo eu concordei com você!
Tive uma primeira vez que não sangrou mas não foi boa também e adivinha? No dia seguinte a primeira coisa que ouvi das minhas amigas foi "você vai se apaixonar por ele". E isso era um grande problema.
Consegui entender o que rolava depois que larguei dele (pois o namorei): o cara nunca esteve aí pro que eu sentia ou deixava de sentir. Tinha vezes que doía SIM e eu achava que era normal SIM.
Foi quando eu tive relação com outro homem e experimentei o que realmente é uma relação sexual. Senti prazer, tive atenção e vi como foi bom o que realmente é sexo.
Enfim, obrigada de verdade por tudo que escreves, seja sobre primeira vez, ansiedade ou idade ♥
Estou com muita vontade de fazer sexo esse ano, não porque minhas amigas estão fazendo mas sim porque realmente estou a fim porém tenho tanto medo de engravidar e de dar algum problema depois :(
ResponderExcluirMinha mãe nunca conversou comigo sobre sexo, aliás, sobre nada de nada, creio que por vergonha ou sei lá. Não tenho coragem de fazer perguntas pra ela e nem de pedir para ir ao ginecologista até porque tenho uma vergonha da porra de me abrir assim para uma pessoa que nem conheço.
Outro assunto horrível é a vergonha que tenho do meu corpo e isso vem desde sempre comigo pois sou gorda e isso deixa minha auto estima abaixo de 0... fico imaginando como alguém vai gostar do meu corpo se nem eu mesma gosto!
Ana, me ajuda :(
ResponderExcluirEu tenho sérios problemas em aceitar meu corpo! Tenho muitas celulites e isso me deixa cheia de vergonha, tenho estrias na barriga, nos quadris e é até nos seios e não tenho coragem de mostrar nada disso, me sinto horrível.
E o pior de tudo: no emagrece e engorda do começo da adolescência e por causa do uso errado do sutiã meus seios perderam a elasticidade (não sei se é isso ao certo) e eles hoje em dia são caídos e como são grandes é algo que não tem como disfarçar e toda a ajuda que procuro na internet só diz que preciso de cirurgia e que é feio etc mas como vou fazer uma cirurgia aos 17 anos, sem dinheiro e sem ninguém pra me ajudar? esse problema me deixa muito mal, me sinto a garota mais ridícula do planeta... uso sutiã direto (em casa também), não posso usar um maiô pois não ficam firmes, nem um tomara que caia porque simplesmente cai mesmo! Enfim, eu não sei o que fazer, não sei em quem confiar, não sei como me amar mais, não sei como alguém vai me aceitar com tantos problemas, não sei de nada.
Isso é algo que tu tens que falar com teus pais, tuas pessoas próximas, um psicólogo, um nutricionista. Não é algo que eu possa te ajudar não, bonita. Eu podia te falar um monte de coisa, um monte de palavra de encorajamento, mas nada que tu já não tenhas ouvido em algum lugar algum dia. Ajuda de fato eu não posso te oferecer. Mas eu tenho certeza absoluta que tu tens alguém bem perto de ti que pode te ajudar e tu estás passando reto por essa pessoa, subestimando o bem que ela pode te fazer. ♥
ExcluirAna, meu deus, você não tem ideia do quão incrível ficou esse texto!
ResponderExcluirEu acho muito, muito triste que sexo seja um assunto tão "delicado" para abordar, quando deveria ser o mais simples. Na hora de conversar sobre, as pessoas costumam usar eufemismos e palavras "infantis" para descrever as coisas (ao invés de simplesmente falar pênis e vagina, como se ninguém soubesse os nomes reais) e isso só deixa tudo mais confuso. Fico feliz que você não tenha vergonha alguma de conversar abertamente sobre sexo e esteja tão disposta a esclarecer dúvidas. Você é incrível.
Obrigada por fazer tudo que a Capricho nunca me fez ♥
infelizmente, eu estou na porcentagem que nunca teve um orgasmo vaginal. já tentei todas as posições que eu conheço para tentar e tive muita ~sorte~ de achar um namorado que não se preocupa só com o próprio orgasmo e fica extremamente incomodado por eu não ter o vaginal (já que o clitorial eu sinto e ó; sinto muito! e ele faz questão, sem nojinhos). tô esperando meu horário com a médica para ter uma conversa melhor sobre isso, entender as causas e se tem algo para me ajudar nisto.
ResponderExcluire ana, que texto lindo! toda menina deveria ler isso, não importa se já fez sexo ou não. minha primeira vez foi certinha, só sangrou porque o hímen rompeu, mas não doeu, eu não estava nervosa ou com vergonha, e é assim que toda menina deveria se sentir para a sua primeira vez: confiante e bem informada para não deixar que nada de errado aconteça. e você está garantindo isto para elas, muito nobre da sua parte.
Esse texto é perfeito, me ajudou bastante, muito muito obrigada!! Você é maravilhosa ��.
ResponderExcluirana, cara, muito obrigada por esse texto, serio, me ajudou mto a esclarecer duvidas q eu nunca teria coragem de perguntar a alguem e ate mesmo pesquisar, voc abriu a minha mente não so sobre o assunto mas sobre a vagina complicada e perfeitinha dglkdjgçlkj to descobrindo coisas que eu nem imaginava graças a voce! voc é um anjo do ceu que deus mandou pra abrir a nossa mente. mto obrigada mesmo por esse texto, ja repassei pra maioria das minhas amigase pedi p elas repasssarem, gostaria que todas as meninas do mundo pudessem ler isso masss, enfim to fazendo a minha parte! muito obrigada do fundo do coraçao mesmo! bjs.
ResponderExcluirAdoreiii seu texto, tirou acho que todas as minhas dúvidas. Você é maravilhosa! Já ouvi histórias de que a penetração só rolou na quarta tentativa porque antes doía muito (e olha não faz muito tempo que pivi não hein) e eu fiquei totalmente assustada mas ler teu texto me deu um alívio tremendo. Obrigada mesmo tenho certeza que você ajudou muita gente, continue com seus textos maravilhosos.
ResponderExcluirAna, amei demais demais esse texto! Minha primeira vez foi linda, com meu primeiro namorado, não doeu, mas foi desconfortável acho que por causa do nervosismo. Ele era virgem também e nenhum sabia como lidar. Eu já tinha 18 e me lembro de ter esperado o momento certo pra fazer e até hoje me lembro daquele dia e me sinto feliz comigo mesma. Tenho uma filha hoje e espero passar pra ela essas minhas coisas boas e principalmente textos maravilhosos como esse teu! Ta faltando gente linda assim no mundo! Parabéns!
ResponderExcluirana, eu não consigo gozar, mesmo me masturbando, chega uma hora que eu acho que "perdeu a graça" e paro, e mesmo meu namorado fazendo sexo oral etc eu sinto prazer mas não "finalizo", eu não posso ir na gineco por enquanto por questões familiares, então você poderia me dar algum conselho? obrigada
ResponderExcluire o blog está maravilhooooso! não vejo a hora de ler mais
Tens duas opções: dar um jeito de ir no ginecologista (duvido que qualquer questão familiar deva ficar acima da tua SAÚDE) ou tentar, tentar, conversar, conversar, tentar de novo, e conversar mais um tanto. ♥
ExcluirVC É MINHA SALVAÇÃO! SÉRIO! eu só tenho 14 anos, nao pretendo transar tao cedo, acho q se eu tiver namorando, lá pelos 16/17 anos, acho q é quando estarei pronta. mas de verdade, vou te adotar como minha mãe KKKKKKK eu sou a mileninhaduarte no twitter, a q disse q vc era parecida com a crystal reed hahaha, enfim, obrigada de vdd, pq eu nunca me senti a vontade em conversar isso com minha mãe, mas com minhas amigas eu sou a mais confortavel e normal pra falar sobre isso, nem eu me entendo. posta mais logo❤️❤️❤️ obrigada de novo!
ResponderExcluirOi, Ana. Sou homem, 19 anos, hétero e li essa matéria pois como acredito que o sexo é uma forma de prazer mútua, gosto de ler opiniões femininas para sempre poder proporcionar o prazer para a minha companheira. O texto está muito bom, parabéns! A opinião que você emite é uma típica opinião moderna que, se todas as pessoas adotassem, o mundo seria bem melhor. Afinal, sexo é bom e é tão natural como qualquer outra coisa. Acho que na relação mãe e filha deve sempre prevalecer o companheirismo, pois acredito que é mais importante a mãe saber do que se passa na vida da filha para poder orientar sempre, por mais que seja algo que a mãe não concorde. Enfim, só gostaria de retificar algo que você escreveu, pois sendo homem vivo isso. De fato, camisinhas incomodam sim no prazer masculino. Por mais que sejam finas, não é a mesma sensação de prazer, por vezes até bem incômoda. Apesar disso, sei da importância do uso e apoio, fazendo uso SEMPRE. É importante que exista essa conscientização à respeito do uso, pois cada vez mais são reais as chances de existirem doenças... Enfim, é isso! Parabéns pela postagem e por ser uma garota tão esclarecida. Beijos.
ResponderExcluirAna. Sou homem virgem e bissexual e esse texto me ajudou muito mesmo não sendo para o público masculino, eu indiquei para minhas amigas e todas gostaram MUITO. Sempre acompanho você no Twitter e agora estou acompanhando aqui no blog e concordo 99% com o que você diz e seu ponto de vista (Sobre feminismo, primeira vez, machismo etc) obrigado por ajudo várias pessoas inclusive eu ❤
ResponderExcluirGostei muito do seu texto como pai, vou mostrar para as minhas filhas!!
ResponderExcluirAninha, meu amor, sou lésbica, mas fiz questão de ler e compartilhar com todas as amigas, porque nem tudo menina é hahaha acho muito importante tudo que você faz/fala pras gurias. apesar de saber que hoje em dia já existe informação, não parece suficiente. Continua fazendo esse teu projeto lindo que é a parte mais importante do feminismo: ajudar as mulheres.
ResponderExcluir1. obrigada. obrigada. obrigada. não só por escrever isso, mas por escrever dessa forma deliciosa de ler, da de perceber que voce se importa por outras gurias. e o texto ajuda, mesmo pra mim que to em vida sexual ativa ha dois anos.
ResponderExcluir2. votei na enquete por cinema, e apesar de nao ser o tema mais votado por enquanto, voce considera fazer um post pré ou pós oscar? falando de como funciona, de alguma coisa legal da historia do premio, dos filmes que concorrem esse ano, ou talvez mais de um post pra abordar esses vários topicos? eu vi que voce ja fala algumas coisas no twitter mas voce é tao inteligente e bem informada e escreve bem que acho que no blog o conteúdo ficaria super legal de acessar. espero que essas sugestoes nao sejam chatas :~ mas eu realmente adoro ler tudo que voce posta e quanto mais melhor hehe
beijao ^-^
Melhor texto <3
ResponderExcluirque texto ótimo!!! quem me dera se eu tivesse lido ele há uns 4 anos atrás, teria me ajudado muito, pois até hoje tenho tabus com isso e sou bem reprimida na família mesmo que saibam que não sou mais virgem tem um tempo
ResponderExcluirsintam o nível: pedi para marcarem ginecologista pra mim e meus pais ficaram especulando o motivo, achando até mesmo que poderia ser aids (????), me perguntaram se eu tenho mais que um parceiro fixo e tal, tudo isso de uma forma bem constrangedora, a ponto de eu mentir a causa de eu querer ir falando que é corrimento (a verdadeira nem é nada demais mas iam me julgar)
ao menos marcaram, mas ainda foi com ginecologista HOMEM e é semana que vem a consulta. minha mãe não vai comigo pq vai viajar e mesmo se não estivesse achou ridículo quando pedi pra que ela fosse comigo... tô com um pézinho atrás e quase pedindo pro meu parceiro ir comigo, mas temo que não dê pra ele ir por conta do horário... enfim, acabei desabafando aqui né haha :~ mas parabéns mesmo audy, vc com certeza vai ajudar muitas outras meninas com isso!
Ana, você é incrível. E seu texto me esclareceu muitas coisas.
ResponderExcluirBem fui criada no meio cristão e sou cristã. Com meus pais sexo nunca foi tabu e agradeço por isso, mas as meninas do meu círculo de amizade falam cada coisa que eu fico horrorizada e muitas coisas eu já aprendi que não é bem daquele jeito que elas dizem, principalmente quando elas falam "primeira vez dói".
É muito ruim a pressão que elas têm, que colocaram nelas, e com essas diversas informações eu vou poder mostrar que não é bem assim.
Parabéns pelo seu texto e sucesso!
Ana, eu vou perder a "virgindade" daqui uns dias e esse texto me ajudou muito, tu não tem ideia! Mas uma dúvida: eu não posso tomar anticoncepcional, tem algum risco caso eu use somente a camisinha? Obrigada!
ResponderExcluirTer sempre tem, nenhum método anticoncepcional é 100% de garantia. Visite o ginecologista! ♥
ExcluirAna, eu sei que tu não é ginecologista nem nada, mas poderia me tirar uma duvida? O prazer que sente quando se masturba apenas estimulando o clitoris é o mesmo da penetração?
ResponderExcluirNão é nem questão de não ser ginecologista, é só que não dá pra saber isso visto que todo mundo sente prazer de jeitos diferentes! Tem gente que nem consegue sentir prazer nenhum, gente que só sente aqui, gente que só sente ali, então não tem como dizer se é igual ou não. Pode ser igual pra fulana mas não pra mim ou pra ti, entende? ♥
ExcluirMuito bom o texto. Eu sou virgem e o que me deixa em dúvida também, é a minha insegurança com o corpo. Sobre não ter mts peitos ou eu ter pesquisado no Google e visto que os pequenos lábios vaginais são maiores que os grandes lábios vaginais. Fico imaginando, o que os homens iriam pensar sobre isso..pode me ajudar?
ResponderExcluirTer os pequenos lábios maiores que os grandes lábios é bem normal (normal no sentido de normal e de comum, aliás). Caso tu sintas que eles são anormalmente grandes, vá a um ginecologista, peça pra que ele examine e te dê uma opinião profissional. Agora sobre o que os homens pensariam... eu duvido que a maioria dos homens tenha conhecimento sobre a anatomia feminina o suficiente pra sequer notar isso. Eu acredito que seja o caso de neura que, infelizmente, só as mulheres têm sobre os seus próprio corpo, por acharmos que os homens vão achar péssimo. O que eu quero dizer é: foda-se o que eles pensarem. ♥
ExcluirOlá Ana adorei teu texto e infelizmente chorei pois quando se trata desse assunto sei que nunca vou poder me sentir bem.Se puder você podia falar das diferentes aparencias que a vagina tem em algum post, pois lembro claramente de também adorar ler os livros de anatomia e reprodução mas sempre me perguntar o pq da minha vagina ser tão diferente, o pq de ter essa "maldição".As perguntas eram "Será que eu fiz alguma coisa errada na infância?" , "O que aconteceu na minha puberdade?" , "nunca irei transar?" .Hoje sei que é uma anomalia, tenho clitomegalia e aumento excessivo de ambos os lábios "pequenos/grandes" e não me olho no espelho mais pois toda vez que olhava entrava em prantos, tomo banho de calcinha até.Pesquisei muito e só através de uma cirurgia (muito cara por sinal) que posso melhorar UM POUCO AINDA aparência dela.Quando vem a a questão de "Menina não fique assim, homem nem liga pra isso" fico sem respostas pois além de ser lésbica sou eu é que tem que se importar, ninguém mais, e infelizmente sou eu é tenho nojo de mim mesma e sei que com 25 anos agora e nem nunca vou poder transar por não ter uma vagina normal.
ResponderExcluirTua vagina pelo jeito é normal, tua vulva é que tem um problema. É importante dar nome certo aos bois. Tu estás certíssima sobre TU teres que te importar, e não outras pessoas; além disso, o interesse de ir atrás de como resolver o problema é só teu. Se a cirurgia é o que tu achas que vai resolver tua vida, vá atrás da cirurgia. Tem gente que trabalha por anos economizando pra colocar silicone, pra comprar um carro x, pra viajar. Trace um plano, trabalhe pra isso. Se tu achas que a cirurgia é cara demais ou desnecessária, então vá atrás de uma ajuda profissional psicológica, pra que tu aprendas a conviver com esse problema; e não existe isso de "ah, mas não tem JEITO": tem, sim, ô, se tem. Há pessoas com todo tipo de anomalia - e algumas não são "ocultáveis" como uma anomalia genital - que vivem bem, compreendem seus problemas e são felizes. Há jeito pra tudo. Tu ainda podes procurar outros especialistas que podem, quem sabe, ter uma solução alternativa, não-cirúrgica, pra amenizar teu problema. Tem jeito, mas é custoso, dá trabalho. Tens duas opções, ao meu ver: passar o resto da vida, de fato, como tu falaste, sem transar, sem se relacionar intimamente com ninguém, deixando esse problema tomar conta de tudo e sentindo nojo da coisa mais sagrada, perfeita e importante da tua vida, que é o teu corpo; ou tu podes trabalhar com todas as forças pra que tu resolvas esse problema e RESOLVÊ-LO, de um jeito ou de outro. ♥
ExcluirHello ana, desde nova(bem nova) eu já me masturbava, aos 16 tive a minha primeira vez e como eu tinha uma lubrificação boa não sangrou nem doeu. Meu namorado da época ficou revoltadíssimo de nada disso ter acontecido comigo e fcou tentando meter desesperadamente em vários pontos e até mesmo com a mão em busca de romper alguma coisa. O que levou a situação ser uma experiência traumática.
ResponderExcluirO que seu namorado fez foi claramente um abuso. De fato os homens também deveriam ser mais esclarecidos quando a sexualidade feminina... espero que tenha superado isso e saiba que não houve nada de anormal com sua primeira vez além do comportamento abusivo dele.
ExcluirAna, tem esse site maravilhoso que fala APENAS sobre a masturbação feminina, e eu acho que você poderia incluir uma nota de rodapé sobre ele: http://happyplaytime.com/
ResponderExcluirVale muito, muito a pena dar uma olhadinha.
Oi Ana, eu tenho alguns problemas pelo fato do meu clitóris ser EXTRA sensível, Tipo meu namorado não consegue fazer sexo oral em mim em contato direto com meu clitoris pq eu morro de nervoso e aflição. Quando eu me masturbo (e eu me masturbo desde bem nova) eu toco a pelinha que o protege, mas não encosto nele pq não consigo.... eu nunca vi nenhuma garota reclamando disso e tb nunca tive coragem de discutir isso com meu ginecologista... na verdade precisei tomar coragem pra comentar isso aqui hahaha, enfim eu me sinto muito deslocada e fico triste por talvez não estar tendo um prazer tao intenso por não conseguir tocar meu clitóris. ):
ResponderExcluirIsso é normal! O clitóris É pra ser extrasensível. Mexer nele diretamente pode ser prazeroso pra algumas pessoas e um choque de dor pra outras. Se tu achas que a sensibilidade do teu clitóris é anormalmente grande, então fala, sim, com o ginecologista! Ele vai poder te tranquilizar quanto a ser ou não o normal e te aconselhar quanto ao "manuseio" dele. E ó, se quiseres uma dica, toma como via de regra (infelizmente) não confiar nisso de "nunca vi nenhuma outra guria reclamando de tal coisa, então não deve ser normal" quando se tratar de sexo e genitália; a maioria das gurias não falam sobre isso exatamente por causa desses medos e pudores. ♥
ExcluirOi Ana, eu tenho 16 anos (quase 17) e eu li seu texto achei o máximo. No começo do ano passado abril ou março se eu não me engano. Eu tava meio que obcecada e bem curiosa em relaçao à perder a virgindade e resolvi EU MESMA romper meu proprio hímen porque eu cheguei a conclusão (que alias, eu acho que foi uma das poucas vezes que eu tomei uma decisão decente na minha vida) de que quando eu fosse transar eu não poderia deixar uma pessoa sentir prazer com o meu PROPRIO corpo e eu a dona do corpo vir à sentir dor. Mas também fiz isso pra sentir prazer comigo mesma.Mil coisas passaram pela minha cabeça naquela época, por exemplo, se um dia eu fosse na gine e ela percebesse que eu não tenho mais o hímen ou até mesmo com paranóia da minha mãe descobrir (?). Mas enfim, um dia eu tava na casa da minha avó e rompi, eu senti um desconforto imenso mas ao mesmo tempo eu senti um alívio (até cheguei me sentir estranhamente mais madura por isso). Daí entao desde o ano passado até aqui eu venho conhecendo mais a minha vagina, os pontos que eu mais sinto prazer e não sinto mais dor alguma, tal qual antigamente era totalmente desconhecida pra mim. E depois de ler o seu texto e tive a total convicção de que eu fiz/faço a coisa certa mesmo tendo contado pra duas amigas minhas (que se dizem feministas) e elas terem me julgado por isso e disseram que eu era "louca" etc. Então é isso, hoje eu não me arrependo mais pelo o que eu fiz e acho que seria besteira se eu me arrependesse.
ResponderExcluir( E desculpa pelo texto enorme, é que eu precisava desabafar com alguem)
Por que Freud é um babaca?
ResponderExcluiraudy, vc n acha legal transar no banheiro da faculdade e tal? Pq? Por ser um lugar público etc?
ResponderExcluirMuito insalubre e desconfortável!
ExcluirAudy, sobre a mudança de corpo... um dia meu professor de biologia disse que o motivo da mudança é porque seria pra adaptar o corpo da mulher caso ela vá ter um filho? (faz um pouco sentido pra mim mas ao mesmo tempo eu fiquei ??)
ResponderExcluirenfim, amei amei o texto. depois que eu o li me deu bastante curiosidade/vontade de descobrir meu corpo(antes eu não me importava tanto e achava que já sabia de tudo). eu ainda sou virgem então eu fico muito feliz em saber que pude ter a oportunidade de aprender essas coisas contigo antes de fazer uma burrada e definitivamente não vou parar de pesquisar mais sobre o assunto.
eu fico muito orgulhosa de ver você se tornando essa ''irmã mais velha'' para as gurias. muito amor & sushi pra ti!
Ana, esse post ficou incrível! Esse é com certeza um assunto o qual gostaria de ver mais na blogosfera. Acontece que, infelizmente, ainda tem muito tabu. Seu texto ficou fácil de entender, além de conter informações essenciais! Sério, eu adorei ♥
ResponderExcluirBeijos,
Nalu
http://coisasafiins.blogspot.com
Texto maravilhoso! Mas, o que tenho mais dúvida em relação a primeira vez é com o Parceiro. Tipo, do que adianta você conhecer super bem o seu corpo e os teus prazeres, se, na hora H, o cara simplesmente NÃO SABE te dar prazer? Comigo sempre aconteceu isso, pois sei me virar muito bem sozinha, mas qdo vou tentar com meu namorado, ele não coloca direito e começa a me machucar! (Aí, como eu sei que HÁ jeito de fazer sem dor, eu vou lá e paro...)
ResponderExcluirEstou muito triste com isso... o que fazer? Como "escolher" o parceiro ideal, que saberá como fazer do jeito que não te machuque e que te dê prazer de verdade? - pois acho que só se conhecer não basta; os homens também têm de nos conhecer...
Ensina o cara! Se vocês têm uma boa relação e intimidade, diz pra ele o que ele tá fazendo errado e ensina ele a fazer o certo, sem medo ou pudor. Aquele clichê de filme de "aí, mais pra esquerda", se preciso for. Só mandar parar sem conversar e explicar o que tá dando errado não adianta. Ensina ele a fazer o certo e a te conhecer. ♥
ExcluirAna, tenho 15 anos, acompanho teus tweets e agora também teu blog. Sempre falei bem de ti pras minhas amigas, compartilhei esse texto, incentivei que lessem, e elas adoraram! Além de bem explicadinho, acharam bem engraçado ahahaah, enfim, obrigada por isso! Já recomendei que elas também te acompanhem, e vou continuar recomendando! ❤️
ResponderExcluirGeeeeente, que texto incrível! Não conhecia o blog, me passaram esse texto e achei demais, tanto o tema quanto a linguagem! ♥ Vou repassar para todas as minas que eu conheço, vale muito a pena.
ResponderExcluirNão tive a cistite "de lua-de-mel" — na real, nem sabia que existia ou que era algo comum! Foi uma descoberta... O.O
Ana, tenho 15 anos, adorei seu texto, me ajudou muito! Só tenho uma duvida: Você falou em uma parte do texto de " a única maneira de fazer o sexo doer é fazendo errado", qual a maneira certa de fazer sexo?
ResponderExcluirBeijos!
O texto inteiro é dedicado a responder exatamente isso!
ExcluirOi Ana
ResponderExcluirSeu texto é incrível, gostaria de ter lido ele antes de ter a minha primeira vez
E quando eu comecei a ser taxada de "puta" e me senti mal por isso
Tive que descobrir tudo que sei hoje sozinha, porque até minha própria mãe não era uma opção, já que ela sempre disse e repetiu: "Minhas filhas podem falar sobre qualquer coisa comigo, menos sobre sexo. Afinal, é feio MULHERES falarem de sexo"
Não preciso dizer porque até hoje não falei a ela
Minha irmãzinha é dez anos mais nova que eu, vou aconselhar ela sempre que puder e fazer ela ler esse texto. Afinal, que mal tem falar de sexo?
Beijos 💋
Ai, Ana, seu texto coube na minha vida como uma luva, de verdade.
ResponderExcluirPassei anos da minha vida sem conseguir ter relações sexuais porque fui abusada sexualmente com 14 anos e simplesmente repudiava a ideia de penetração.
Meu namorado da época era bem paciente, até, mas sempre tentava "enfiar" em mim e não rolava. Minha vagina se trancava.
Além disso sempre tive muito medo da reação de minha mãe, o que só piorava meu psicológico.
Acontece que, fazem apenas uns meses, eu tive minha primeira relação, mas foi HORRÍVEL. A partir daí todas as que vieram a seguir tiveram de ser com lubrificante porque eu simplesmente perco todo o meu tesão na hora H da penetração, TODO. Eu só consigo pensar na dor que vou sentir e, quando há a dita cuja, rezo pra acabar rápido, já cheguei a forjar orgasmos.
É um fardo que carrego comigo, simplesmente acho que não fui feita pra sexo heterossexual. :(
Mas teu texto poderá ajudar muitas meninas que, como eu, acreditavam no tabu da primeira vez e, se tudo der certo, evitar que elas se tornem alguém como eu, sexualmente problemática.
Um beijo!
Ai eu, aos 22 anos de idade, leio um texto desse e descubro coisas que eu não sabia. Cara, eu devia imprimir isso pra caso eu tenha uma filha...
ResponderExcluirAna, olá!! Eu te sigo no Twitter faz um tempinho e me identifico com bastante coisa que você fala, admiro a forma que você se expressa tão naturalmente sem usar argumentos vazios, enfim... Daqui a uma semana faço 16 anos e gostaria de desabafar com você um pouquinho rs... Eu namoro a 1 ano e meio e apesar dele ser mais velho e tambem virgem, ele compreende e respeita meu tempo e até nao temos pressa, pois fazemos de tudo, o que falta mesmo é o "ato principal" e o fato de ajnda nao termos feito sexo foi pelos meus pais pq eu sei que nao vou conseguir esconder, ate mesmo pq vou comecar a tomar AC e eu nao gosto de enganar meus pais e ainda mais que esse seria um dos melhores momentos da minha vida... Enfim, por isso esperamos eu ter mais idade e estar preparada para contar aos meus pais pois sao reservados e eles nao saberiam lidar muito bem com isso, logo não posso e nao falo com minha mae sobre sexo e toda vez que vou ao meu gineco ela entra junto. E outro fator é que tenho medo de engravidar, pois canso de ouvir que mesmo tomando AC pode engravidar ( e isso me assusta p caralho pq tem apenas 1% de chance de o remedio nao funcionar). Você poderia me explicar um pouco sobre? Ah! E sobre isso de dor e sangramento uma amiga minha me contou que não doeu nem sangrou nada nem na primejra nem nas outras vezes! Gostaria que tentasse me explicar isso do AC, pois é o que me deixa mais receosa, obrigada pelo texto maravilhoso, parabéns Ana! Beijos ♡
ResponderExcluirEu não sei exatamente qual é a tua dúvida em relação ao ac, mas isso é certamente uma questão pra tu levares pro teu ginecologista. Se não te sentes confortável com a tua mãe junto, peça pra ela não entrar. Tua saúde deve vir antes das reservas dos teus pais ou da tua vergonha! ♥
ExcluirSim, eu sei... Mas a questão de eu mencionar o AC é de muitas pessoas falarem que mesmo o tomando conseguiu engravidar. Sabes me dizer se isso é um mito? Nunca teve medo? Obrigada por responder
ExcluirAh, sim, nenhum método contraceptivo é 100% seguro. Há alguns em que a chance é menor que 1%, mas ainda há chance. Não é mito. Não tenho medo porque se eu for ter medo desse tipo de coisa, teria medo até de que um meteoro mutante ninja caísse na minha casa. Leva essa questão ao teu ginecologista sim, pra que ele te explique melhor sobre as chances de erro de cada método, a forma correta de utilizar cada método e te tranquilizar.
ExcluirAchei maravilhosa sua forma de se expressar e o texto muito interessante! Interessante notar que quase tod@s que comentaram aqui o fizeram anonimamente... Só corrobora o seu posicionamento com relação à idade média sexual ainda vivida por muitos de nós. Parabéns pela iniciativa, te admiro.
ResponderExcluirVocê explicou várias coisas que eu tinha mínimas suspeitas sobre dor e perder a virgindade (tipo se você estiver corretamente lubrificada, apenas talvez não doa, foi exatamente assim que rolou comigo! Não tava excitada: dor e sangue; tava excitada e lubrificada (naturalmente, que fique bem claro): prazer maravilhoso s2) e te agradeço por explicar isso e outras coisas pra outras meninas, tive a sorte de ter um namorado super compreensivo e de ter sido só prazer e felicidade na minha primeira vez, mas infelizmente isso não acontece com todo mundo, e espero de verdade que todas consigam se sentir melhor e mais confortáveis com seus próprios corpitchos depois do texto. Bjs e sororidade pra nós ^^
ResponderExcluirVocê podes fazer um texto sobre depilação? Tricotomia e tal... Tenho Muita curiosidade e a forma que você se expressa ajuda bastante!!
ResponderExcluirTexto fantástico <3 Aliás, o fato de ter tantos anônimos comentando mostra como esse assunto é importante de ser debatido e, infelizmente, não tem muito espaço nas famílias e até mesmo nas escolas! Quando eu era criança minha mãe até conversava que "sexo não é errado" e dizia pra ser feito com "uma pessoa especial", mas quando eu finalmente achei essa pessoa, nunca mais tocamos no assunto e na verdade eu me senti bem inibida por conta da minha mãe. Demorou uns dois ou três anos desde o início do namoro e quando minha mãe soube que eu iria tomar anticoncepcional tentou ficar indiferente, talvez porque eu sou a garotinha dela rs. Sorte que meu namorado é super respeitoso e "nos descobrimos" juntos, de modo que cada descoberta foi e tem sido até hoje especial :)
ResponderExcluirAna, que texto ótimo!!! Só uma perguntinha: mulher ejacula ou só tem a sensação de orgasmo?
ResponderExcluirOi, Ana. Você tuitou há algum tempo sobre o livro Vaginas. Queria saber qual idade você acha recomendável para gurias lerem?
ResponderExcluirAcho que uns 12, 13. Chutando, né, porque acho que é um livro pra quem já tem um mínimo de maturidade sexual (tanto pessoal quanto em conhecimento) e um bom nível de leitura.
ExcluirAna, não tive problemas na minha primeira e me masturbo desde criança, nunca tive um problema relacionado a minha vida sexual. Eu e meu namorado perdemos a virgindade juntos, então também sempre fomos muito companheiros com tudo relacionado ao sexo e estava tudo ok até eu ler esse texto. A questão é: eu sinto dor de vez em quando. Geralmente quando fico mais de um mês sem transar, na hora do pênis entrar, dói um pouquinho e assim que o movimento é feito umas duas vezes dentro e é só alegria heheheh Sim, essa dorzinha é depois das preliminares, depois de eu já estar bem lubrificada.
ResponderExcluirVocê disse que a vagina não fecha, então por que eu sinto essa dor inicial?
Como eu falei algumas vezes no texto: vá a um ginecologista!
ExcluirEu tenho uma experiência hiper traumatica sobre isso: minha primeira vez.
ResponderExcluirEu tinha apenas 12 anos e ate então sempre havia ficado apenas com garotas.
Sou bisexual e hoje tenho um relacionamento estável (com um homem) que me entende e entende as minhas escolhas.
Mas voltando ao trauma:
Sempre e sempre ouvi que se era virgem, tinha de sangrar. Não importa, era uma obrigação.
E la em casa sexo era um assunto proibido, sempre foi e continua sendo ate hoje (apesar da minha mãe saber que hoje eu já transo) e então, nunca pude perguntar nada pra minha mãe. Na escola era a mesma coisa, nada de sexo e nada de falar dos genitais.
Eis que em meio aos amassos com meu namorado decidi que sim, iria transar e me deixei levar pelo momento e aproveitei TANTO que lubrifiquei demais.
Conclusão? A penetração ocorreu numa boa, não sangrou e foi bom (ainda que estranho).
Infelizmente 1 mês depois a gente terminou e ele, com orgulho ferido, contou pra todo mundo da escola que eu já não era mais virgem porque transamos e eu não só não sangrei como provavelmente tinha gozado e SIM GOZAR ERA COISA DE MENINA PROMÍSCUA.
Eu não havia gozado, tinha apenas lubrificado demais, o que faço ate hoje.
Já conversei com meu ginecologista sobre isso e ele disse que não ha nada errado com lubrificar demais, então ok.
Hoje sou muito bem resolvida sexualmente e com certeza conversarei abertamente com meus filhos sobre tudo isso, sejam eles meninos ou meninas.
Acho de extrema importancia conhecer sobre o maximo de coisas possiveis, principalmente se estivermos falando do nosso corpo ou do corpo daqueles com que nos relacionamos.
Obrigada pelo texto, foi uma chance de desabafar sobre algo que nunca havia falado antes.
Você é demais, Ana!
Quando eu perdi minha virgindade eu estava bem relaxada e lubrificada, não doeu nada, mas sangrou um pouquinho sim. Não fiquei assustada e não tive dores depois, foi bem tranquilo e eu era relativamente nova com 16. Acho tão estranho minhas amigas relatarem tanta dor e sangrar por dias assim, agora entendo o motivo. Apesar de serem boas relações, nunca gozei, nem mesmo sozinha. Não é algo que me incomode pq é sempre bom e sei que não é psicológico, mas me incomoda as pessoas agirem comi se eu estivesse perdendo parte da minha vida. Gozar é regra? Eu acho que se pode ter relações incríveis sem gozar. Porém, procurarei um especialista pra saber o que está acontecendo.
ResponderExcluirGratidão, Ana!
ResponderExcluirAna, primeiro parabéns, seu texto é maravilhoso e ajudará muitas meninas de agora em diante.
ResponderExcluirEu preciso de ajuda, de verdade hahaha, minha vida sexual é ativa a um pouco mais de um ano, meu namorado sempre foi atencioso e sempre tompu cuidado para não me machucar e sim para me dar prazer. Na minha primeira vez, não doeu nem sangrou, mas eu nunca gozei, nem me masturbando, nem com ele de nenhuma forma, isso frustra a nós dois.
Nunca consegui levantar isso com minha ginecologista, por que ela é a mesma que. Da minha mãe (como de costume) e isso me incomoda, além de eu não conseguir ter uma intimidade com ela mto grande.
De qq modo, teria como você me ajudar? Dar alguma dica?
Obrigada
Muito triste que a maioria dos comentários tenha sido em anônimo, inclusive o meu :(
ResponderExcluirPodemos ver que hoje a mulher já tem muito mais liberdade de tocar no assunto, mas ainda é muito difícil "dar a cara a tapa". Ninguém quer usar o próprio nome pra falar de uma coisa tão natural. MUITO TRISTE!
Meu Deus, eu amei esse post! E não poderia ter achado em hora melhor porque, há alguns dias atrás, eu tive minha primeira experiência sexual com outra pessoa. Tenho 18 anos e me masturbo, se me lembro corretamente, desde os 15 (no início me sentia muito culpada, mas aprendi que não tem mal algum em proporcionar prazer a mim mesma), mas a questão é a seguinte: minha mãe sempre foi muito franca comigo quando se trata de sexo. Me lembro até hoje do dia que ela me explicou o que era sexo, me deu uma camisinha masculina e uma feminina e explicou - na medida do possível - como usá-las, falou sobre anticoncepcionais e uma porrada de outras coisas. Desde então, ela me fez prometer uma coisa: quando eu achasse que estava na hora d'eu fazer sexo, nós iríamos a um ginecologista para que ele me receitasse o anticoncepcional adequado. O problema é que eu cheguei perto, bem perto mesmo, de fazer sexo propriamente dito (com penetração), e só não fiz porque o cara com o qual eu tava foi muito mais sensato do que eu na hora, e resolveu que não iria fazer sexo comigo pelo fato daquela ser a nossa primeira experiência juntos, e também por eu ainda ser virgem. Estou com muito medo de contar pra minha mãe sobre isso, porque sinto que traí a confiança que ela desde sempre depositou em mim, mas também não quero deixar meu parceiro com a impressão de que não gostei do que nós fizemos. E agora?
ResponderExcluirRecomendação de textos sobre sexo lésbico que me passaram: https://catracalivre.com.br/geral/saude-bem-estar/indicacao/precisamos-falar-da-prevencao-de-dsts-entre-lesbicas-e-bissexuais/
ResponderExcluirhttps://revistatrip.uol.com.br/tpm/sexo-lesbico-como-se-proteger-de-dsts-jessica-tauane-canal-das-bee