Veni, vidi, vinte.
Não dá mais pra negar o evento. Eu tenho vinte anos. 20. Com um "2" na frente. Eu saio da casa dos dez. A casa dos dez é a fase transformadora: tu abandonas a primeira infância, viras gente, ganhas forma, vontade, personalidade. Viras criança, pré-adolescente, adolescente, Jovem Adulta™. Daí pra frente é só adulthood, é só morro abaixo. Não tenho mais "deze" anos. Vinte. Com "v", de velha. Duas décadas. Qualquer empresa com a minha idade já seria considerada estável, consolidada no mercado, um investimento seguro. Já eu não me sinto tão assim.
Já acabou, afinal, a minha adolescência? Todo mundo me faz acreditar que sim. Eu já votei duas vezes, peço sushi pelo delivery e pago com o meu cartão. Faço faculdade e até consigo acreditar que sei o que eu tô fazendo e o que eu vou fazer. Decido meu próprio corte de cabelo, decido quantas colheres de café colocar no coador, decido que quinta-feira eu posso encher a cara, sim, e seguro meu próprio cabelo na hora de vomitar na sarjeta. Faço coisas como sair pra tomar um cafezinho com amigos, ler artigos sobre economia (só pra descobrir que nunca me ensinaram nada do que eu vou precisar saber pra ser uma Adulta economicamente hábil), pagar carnê da Renner. Planejo pra daqui a anos e lembro nitidamente de eventos de dez, doze anos atrás; aliás, unidades de tempo estão cada vez mais esquisitas. Dois anos atrás foi ontem, e ao mesmo tempo eu lembro dos meus quinze anos como se fosse uma outra vida. Cada vez menos eu penso que eu tô mudando muito, e ao mesmo tempo a pessoa do ano passado parece ser uma irmã esquisita minha. Faço arroz soltinho ou grudadinho, sem queimar, sem salgar demais. Isso é ser adulta, não?
Mas eu ainda me animo quando Clueless começa na tv e repito todas as falas com os personagens, ainda faço brigadeiro de panela regularmente só por tédio. Enrolo as pontas do cabelo quando tô distraída, assisto vídeos de filhotinhos de gato aprendendo a andar quando tô me sentindo triste, ouço música na rua e caminho como se estivesse num videoclipe. Ainda fico kfsjdkflçsdg~s]d quando tenho que interagir com alguém muito bonito; aliás, ainda uso kfsjdkflçsdg~s]d como descrição de sentimento e acredito que todo mundo deveria considerar isso como válido. Ainda não sei direito se eu prefiro me vestir como uma Barbie ou como uma soft goth pastel grunge. Meus hormônios fazem visitas constantes pra me atormentar, me deixar insuportável e deixar todo mundo ao meu redor mais ainda. Não consigo marcar uma consulta médica pelo telefone sem ficar ansiosa e com vergonha. Ainda saio da loja usando o par de sapatos novos. Tomo sorvete, ouço Adele e choro no cantinho da cama à cada briguinha boba com o namorado. Isso é ser adolescente, não?
Algumas amigas mais velhas parecem estar mais perdidas que eu, enquanto algumas mais novas parecem estar anos a frente, sem nem precisar de mapa. Simplesmente soa natural que elas sigam o caminho tradicional da vida, ou vão alternativamente construir a própria idéia de tradicional. Eu costumo ter bastante controle sobre minha vida, bastante noção de futuro, traço planos, e até que tem dado certo até aqui.
Mas o que vem agora? Isso aqui é a vida adulta plena? Certamente não é como nos filmes, ou como na minha imaginação de infância. Eu não me pareço muito com o que meus pais eram quando eu nasci. Eu não me sinto independente, não me sinto segura, não sei se sobreviveria muito tempo sem alguém na casa pra me ajudar com minha fobia de mariposas ou pra alcançar o controle remoto pra mim. Sou paranóica e amedrontada demais e tenho problemas de confiança demais pra ficar sozinha a noite. Isso é ser adulta? Ao mesmo tempo, eu ainda sou subordinada hierarquicamente da minha mãe; nenhum garçom passa a conta pra mim quando nós duas saímos pra comer juntas, sabe? Às vezes não é o mesmo cara de sempre na entrada da balada e ele me pede uma identidade pra saber se eu tenho mesmo a idade que eu tenho. As poucas vezes que eu me droguei eu entrei em pânico por pensar que ia tomar bronca em casa. E nem me fale sobre a distância emocional que eu estou pra ter filhos, o que, pra mim, será o sinal absoluto de que eu larguei totalmente meus anos de jovencita. Eu não fico mais assustada quando tô vendo uma série e de repente entra uma cena de sexo e eu não estou usando fones de ouvido. Eu tenho uma voz, eu tenho um título de eleitora, eu posso ir a qualquer padaria e comprar uma vodka e, com exceção dos olhos de julgamento que a mulher que trabalha no caixa vai me lançar por eu estar comprando vodka às 9:56 de uma quinta-feira, não vou ter muitos problemas. A frase "ninguém pode me impedir" vem muito a minha cabeça. Eu não tive aquela transformação moral maníaca quando fiz 18 anos, não tive aquela crise de rebeldia clássica, como se o aniversário mudasse toda a vida da pessoa e subitamente ela é um ser de si. Nem teria como eu ter essa crise, bêbada do jeito que eu tava. Porém agora parece que alguma coisa bateu forte. Existe uma palavra pra o oposto de nostalgia? Porque é isso que eu sinto agora. Não me sinto nostálgica, me sinto meio num vazio e ao mesmo tempo chegando numa área bem movimentada, como ir sozinha a uma festa em que não se conhece ninguém. Os vinte anos bateram um pouco mais forte, acho. A mudança de casa decimal, talvez. Não dá mais pra negar o evento. Eu tenho vinte anos. 20. Com um "2" na frente. Eu saio da casa dos dez. A casa dos dez é a fase transformadora: tu abandona a primeira infância, viras gente, ganhas forma, vontade, personalidade. Viras criança, pré-adolescente, adolescente, Jovem Adulta™. Daí pra frente é só adulthood, é só morro abaixo. Não tenho mais "deze" anos. Vinte. Com "v", de velha. Duas décadas. Qualquer empresa com a minha idade já seria considerada estável, consolidada no mercado, um investimento seguro. Já eu não me sinto tão assim.
Vai ver é assim com todo mundo e eu tô aqui matutando de boba que eu sou. Veremos.
43 comments
já disse e repito: você é incansavelmente maravilhosa.
ResponderExcluire o que dizer desse blog que mal começou e já é um dos meus favoritos?
muito sucesso pra ti, audy
Adorei, finalmente o primeiro post!!!! Gosto muito de ler o que escreve, ana. Muito sucesso pra você e pro seu blog. <3.
ResponderExcluirAna, adorei teu texto! E também adorei a ideia do blog. Boa sorte!
ResponderExcluirEsse texto me atingiu forte. Questões parecidas sobre o fim da adolescência (e o ínicio da "vida adulta") passam pela minha cabeça. Sinto que sou adulta quando saio de casa e volto depois das duas sem meus pais reclamarem. Mas também sinto que sou sou adolescente quando durmo sorrindo por ouvir o primeiro "eu te amo" recíproco - com direito a frio na barriga e tudo. Complicado.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e muito sucesso pra ti, Ana!
Você se tornou uma das minhas melhores amigas - mesmo ninguém se conhecendo de verdade.
ResponderExcluirDo pouco que nos fala e nos mostra por essa rede já conseguiu me "ensinar" coisas que sozinha eu talvez nunca aprenderia. Ou aprenderia tarde demais.
Nesse momento eu tô te enviando mil abraços e coisas bonitas e positivas. Por ter feito um blog, por ter matado minha ansiedade de ver algum post - rs, e principalmente, porque ali na porta da frente da minha vida já escuto batidas fracas dos meus 21 chegando e sei como é, rs.
Transferiu muita coisa minha nesse texto. Cheguei aos 20 e me perguntei "E agora, José?". Até agora nada. "Sigo em frente tem outras datas". Mas dá um pouco de medo.
Veremos por aqui também.
xoxo. ♥
Amei, assim como amo tudo o que você escreve! Você é maravilhosa, Ana! Vou esperar ansiosamente pelos próximos posts.
ResponderExcluirfiz 20 anos recentemente e você conseguiu escrever exatamente o que eu sinto! já quero mais posts nesse blog <3
ResponderExcluirQue texto mais amor!♥!♥ Eu tô chorando aqui. Ler isso foi como um abraço, me dizendo que vai ficar tudo bem, diferente de todas as cobranças que me fazem agora que eu fiz 18 anos. Ana, tu é uma linda, saiba que graças a você eu busco ser a melhor versão de mim mesma. Abraços. ♥
ResponderExcluirAna, gosto muito de ler o que você escreve. Sua eloquência me encanta. Nunca pare de escrever, de verdade.
ResponderExcluirQuando fiz os meus atuais 18 anos fiquei um pouco em crise sim. Mas durou cerca de 1 dia (ou menos) para eu me tocar que "PORRA AGORA TÔ MUITO PERTO DOS VINTE". E esse é meu atual ~feeling~ hahahha
ResponderExcluirBtw, já adorei o primeiro post, Ana! Vai que vai, menina. Estarei aqui acompanhando.
é assim a realidade, né, Ana. Quando a gente é criança, acha que vai acordar um dia e poder dizer "sou adulta!" e realmente se sentir assim de verdade. Só depois se percebe que é um processo transitório lento, e que não é exatamente um número que vai definir quando você se torna um adulto.
ResponderExcluirMas olha, se sentindo adulta ou não, você é maravilhosa.
Ana, te descobri no ask, te achei no instagram e me apaixonei por você no twitter. Agora aqui, com certeza vai ser amor.
ResponderExcluirO texto é bom, típica passagem que muita gente não consegue colocar no papel ou simplesmente viver.
Claro, vou entrar na casa dos 30 logo logo e não fiquei feliz com "Vinte. Com "v", de velha", rsrs!
Menina, vc é maravilhosa!
Sensacional! Faço vinte esse ano e já estou quase me sentindo assim.
ResponderExcluirFiz 22 há 9 dias, trabalho, me sustento, e ainda me sinto assim. Cega no tiroteio e sem bóia no mar. Desde o seu outro blog que você consegue descrever muitos dos meus sentimentos. Obrigada por fazer com que eu não me sinta sozinha nisso tudo, e PARABÉNS pelo seu talento.
ResponderExcluirana lindaaaaaaaaaaaaaaa! confesso que olhava o blog todos os dias esperando que você decidisse postar algo antes da data do seu aniversário. confesso também que cada letrinha sua foi uma pedrinha da calçada que levou aos meu 23 anos e confesso que estou apaixonada! só você até então pôde gentilmente entrar tão delicadamente nesse assunto e tantos outros... me permite dizer que estou orgulhosa? pois não há sensação mais satisfatória do que ver uma AMIGA (sim, distante, sem conhecer pessoalmente, sem festa de pijama) estar tão feliz e tão bem. gosto muito de ti e espero que venha sucesso, amor, e sushi aos montes para você.
ResponderExcluire agora, nessa tarde tão bonita, um ótimo fim de tarde pra você... onde cada segundo que passará será um segundo bem aproveitado e feliz. enfim, falei muito e estou com o coração quentinho/feliz por conhecer você ♡
obrigada!
Ótimo texto! Aguardando ansiosamente o próximo :)
ResponderExcluirana, eu não sei se ansiedade passa, viu? eu tô indo pros 22, não sou muito mais velha do que você, mas viver assim as an adult não é exatamente fácil. já não moro com meus pais, o tempo passa e eu me vejo acumulando cada vez mais responsabilidades, trabalhando cada vez mais, adquirindo mais conta regulares e sérias e aí o bicho pega. não é fácil, não é simples, mas a gente tem que se acostumar.
ResponderExcluirvou acompanhar o blog com a mesma assiduidade que acompanho seus tweets. um beijo <3
ana, você é extremamente didática na hora de falar sobre assuntos que muitas vezes não são completamente compreendidos pela maioria das pessoas. eu gostaria de ler suas explicações didáticas sobre questões feministas, principalmente, porque eu acho que você manda muito bem nas relações, comparações. outra coisa: política, não te seguia no twitter na época das eleições, então nunca te vi falando sobre o assunto de modo prolongado, então seria legal também... sei lá, parece besta, mas escrever sobre o porquê do brasil ter a governabilidade mais bizarra do mundo, um partido aliado ao pt arma pra ele perder na câmara, derruba projetos da dilma e etc. explica essa coisa de coligação, por que isso é problemático, divisão dos poderes and such. parece básico, mas a ciência política é um assunto que não muita gente tem contato suficiente pra entender. como eu disse, você é bastante didática e tem conhecimento sobre isso, então pode escrever textos muito edificantes às outras pessoas nesse sentido.
ResponderExcluirenfim, só minha sugestão. ficamos no aguardo de outros posts. beijo <3
Texto simplesmente maravilhoso!!!!!
ResponderExcluirAi, faço 20 agora em novembro e MEU DEUS, tu descreveu o que eu tenho sentido......parece que os anos passaram e algumas coisas dentro de mim permaneceram. Eu que sou uma sagitariana super desapegada me vejo de repente super apegada a essa casinha dez afffff, mas vc me ajudou mt, percebi que eu n to sozinha nessa e que isso tudo não significa que eu sou imatura etc. E outra coisa: eu vi outra ana nesse texto aí, vc n me conhece e eu só conheço o que vc escolhe mostrar nas redes sociais hahah...mas still....vi uma ana mais frágil q eu n sabia q existia (??) Enfim, brigadão pelo texto, vai me ajudar a enfrentar a crise dos 20. AGUARDANDO ANSIOSAMENTE PELO PRÓXIMO TEXTINHO :~
ResponderExcluirAmei! Me identifiquei tanto que você nem imagina! Aliás, você é maravilhosa ♥♥♥
ResponderExcluirvocê é maravilhosa. teu texto ficou demais!!! continue, por favor :)
ResponderExcluirTe acompanho desde que seu Twitter era heyjaseyrae_, logo depois que você foi no show do all time Low e falou que não ia conseguir parar de falar daquele show por um bom tempo! Lembro de quando você era "colheres", "mifti".. Suas opiniões me ajudaram a desenvolver as minhas próprias e, de certa forma, você me ajudou muito durante esses anos. Gostei muito de te ver "amadurecer" e se tornar essa mulher linda e segura de si que você parece ser agora! Sou apaixonada pelos seus textos, você é uma pessoa incrivel, sempre aconselhando e sendo doce com todo mundo no twitter etc. Um beijo!!! ❤️❤️❤️
ResponderExcluirCaramba, Ana, que texto lindo! Traduz bem meus sentimentos. Tenho 19 recém-completos e me bate o mesmo pânico de pensar em chegar nos vinte. Te acompanho pelo twitter e instagram há algum tempo e te acho maravilhosa. Espero poder ler mais textos lindos em breve, seu jeito de escrever é muito gostoso e você tem talento ♥
ResponderExcluirEu tive a minha crise dos 20 e tu meio que colocou em palavras tudo o que eu senti naquele momento. Principalmente esse negócio da casa decimal. Acho que foi o que mais me abalou, deixar pra trás os "deze" e ter que pôr o 2 na frente.
ResponderExcluiranaaa, escreve sobre friends aqui algum dia, sei lá, as coisas boas e ruins que talvez passem despercebidas da série, e claro, sobre joey e rachel porque depois que você falou deles juntos eu fiquei louca pra que isso acontecesse <3
ResponderExcluirEngraçado como idades têm esse poder sobre nós né? Eu acabei de fazer 15 e me senti diferente também hahaha e eu te sigo desde que você tinha 16 anos, como mudou! <3
ResponderExcluirEu amei demais assim como amo praticamente tudo o que tu escreves. E eu tenho um carinho tão grande por ti, sabe? Queria deixar registrado. Eu te acompanho há um tempo e te acho incrivelmente inteligente e madura e coerente e te admiro MUITO por tudo isso e posso dizer com certeza em com orgulho que você ajudou e ainda ajuda no meu amadurecimento. Espero que tenhas muitas coisas maravilhosas hoje especialmente e pro resto da tua vida e espero um dia ainda ser tua amiga porque tu és linda em tantos sentidos.
ResponderExcluirMe encontrei perfeitamente apesar de estar com 17 ainda... Vivo pensando em como vai ser quando chegar "20" e acredito que vou passar pela mesma crise...
ResponderExcluirSeu texto ficou ótimo e com certeza vou guardar e ler novamente quando chegar esse momento para mim, talvez um conforto ou só uma conversa amiga comigo mesma. Acho que devo até um agradecimento!
ana, tu es incrivel! vo fazer 20 aq a alguns meses e tava pensando mt nisso vc descreveu exatamente o que eu to sentindo obrigada, como sempre. 💖
ResponderExcluirConfesso que cliquei nesse texto com esperança de ler você dizendo que chegar nos vinte é maravilhoso e que o tempo vai passar devagar... e que ser adulto é legal como parecia quando éramos adolescentes. Não li nada disso, mas eu me senti TÃO melhor de ler que você se sente exatamente como eu me sinto agora. Eu sempre imaginei como seria quando eu tivesse meus vinte e com certeza não parece com nada do que é agora. Sempre pensei em como seria "virar adulta", mas é exatamente como você descreveu... Aos poucos. Ana, eu não tenho ideia de como encontrei você pelas redes sociais e não tenho ideia se vamos nos conhecer um dia (espero que sim, você me parece aquele tipo de pessoa maravilhosa que faz a gente mudar perspectivas em uma simples conversa de bar numa quinta à noite), mas com esse texto você me deu um alívio tão inexplicável. É tão bom saber que eu não tô sozinha nessa "transição" e que a minha confusão é mais normal do que parece... Espero que seus "vinte" sejam repletos de momentos felizes e histórias bonitas. P.S.: Fiquei extremamente feliz por você ter criado esse blog, lendo (várias) algumas das suas opiniões eu me libertei de coisas que só me faziam mal e tenho certeza que seus textos vão me orientar muito ainda. Obrigada por SER VOCÊ e SER TODA MARAVILHOSA. Sinceramente, obrigada. <3
ResponderExcluirverbolinda
ResponderExcluirseu texto é tão, TÃO bom, simplesmente pelo fato de que vc falou das fases da vida que é possível todos se identificarem. e ainda falou de forma tão coerente e bonita que acaba emocionando.
ResponderExcluirFaço 20 anos daqui a 29 dias e é maravilhoso poder ler esse texto e encontrar definições para esta data. Obrigada por ser maravilhosa, me encontrei.
ResponderExcluirQue belo dia pra saber ler!
ResponderExcluirObrigada pelo texto e por compartilhar mais uma de suas vivências e perspectivas com a gente. E vida longa ao seu novíssimo blog <3
Fiz 20 ano passado e passei por um baita desespero! Não ajuda muito o fato de que todo mundo comenta que eu tenho a aparência de uma garota de 15 anos. Sempre que eu digo que tenho 20 anos ninguém acredita, e isso sempre me irrita. Minha mãe diz que isso é bom, mas não gosto de ser tratada como uma adolescente. Enfim, amei seu primeiro post, Ana! Amo seu twitter e tenho certeza que não vai ser diferente com seu blog.
ResponderExcluirMano, amei esse texto <3 Quero imprimir e colar na parede, juro. Fiz 18 ano passado e me sinto tão estranha! Amigas minhas já estão quase casando, em empregos estáveis, algumas já até tem filho (sim!), e eu continuo aqui, com medo de ir resolver os problemas sozinha, sempre ligando pra alguém ir comigo, com vergonha de marcar consultas médicas e de fazer todas essas coisas que os adultos parecem fazer sem problemas! x_x É uma fase muito estranha da vida, bom saber que não sou a única assim! AMEIIIIIIII, continue postando
ResponderExcluirSeria injusto da minha parte não definir esse texto com outra palavra que não fosse: impecável. A forma como você usa as palavras para se expressar, o encaixe que cada uma possui sobre a outra, é absurdamente perfeito, faz com que quem esteja lendo, fique absorto, conseguindo sentir os teus anseios. Parabéns, Ana. Mal posso esperar para ler outro post seu, sinto que o blog será como aqueles livros que a gente deseja nunca parar de ler.
ResponderExcluirSensacional!! Estou louca para ver voce falar a respeito do feminismo aqui.
ResponderExcluirMe identifiquei muito! Você é maravilhosa ♥
ResponderExcluirQue texto maravilhoso. Já passei quase 3 anos do início dos vinte e continuo exatamente assim. Beijos!
ResponderExcluirCaramba blog fresquinho e já tem essa multidão de seguidores!!!!!...menina vc é um sucesso e seu texto é incrível!!!!!! Pena que qdo tinha sua idade so tinham bobinhas, feito eu!
ResponderExcluirMuito legal. A crise dos 20 parece um misto de todas as crises existenciais pelas quais a gente passa anteriormente, depois de um tempo a gente se conforma que cada dia é um a menos e não importa o quanto você viva intensamente sua vida, sempre perde alguma coisa pelo caminho, e esses buracos na alma é que vão nos deixando paranoicas. Me explica a transformação moral maníaca dos 18? AHAHAHA
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